Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

sábado, 31 de outubro de 2015

Reforma X Restauração

UP.: Publicado originalmente em out/2011

‎"Reforma ou restauração de casas antigas – atenção para as diferenças! Na restauração tudo tem que ser mantido exatamente igual ao original, sobretudo a fachada, ... sempre com cuidado para não alterar as configurações e o estilo do imóvel. Já na reforma você pode aproveitar o que gosta e adaptar tudo aquilo que precisa para que a casa fique como você sonha... com ares mais contemporâneos." (Blog Casos de Casa)

"Restauração é a arte de reconstruir, preservar e conservar uma obra de arte em sua forma original." (Oficina de Restauro Regina Célia Sabó)

Teshuvah é restauração, retorno às raízes, retorno ao original.

Pastor, posso ir? A origem

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Up. Publicado originalmente em 4/set/2009

Em referência ao texto Pastor, posso ir? Pode. Quantos passos? Dois de formiguinha...

"O pastor. A figura fundamental da fé protestante. É tão habitual para as mentes cristãs, que frequentemente é mais conhecido, mais louvado, e mais confiável até que o próprio Jesus Cristo!
Elimine o pastor e a maioria das igrejas protestantes entrará em pânico. Remova o pastor e o protestantismo, como o conhecemos, poderá morrer. O pastor é o ponto dominante, a base e a peça central da igreja contemporânea.
Mas aqui está uma profunda ironia. Não há um só versículo em todo o Novo Testamento que apóie a existência do moderno pastor dos nossos dias! Ele simplesmente nunca existiu na igreja primitiva.
Não há nenhum apoio bíblico para a prática
sola pastora (único pastor).
O nascimento do papel do bispo soberano Até o século 2, a igreja não tinha uma liderança oficial. Lideranças nas igrejas do século 1 eram raras, com certeza. Em relação a isso, a igreja do primeiro século era mesmo uma anomalia. Eram grupos religiosos sem sacerdote, templo ou sacrifício. Os próprios cristãos conduziram a igreja sob o comando direto de Jesus Cristo. Os líderes se desenvolviam naturalmente, sem títulos, e foram reconhecidos mais por seu serviço e maturidade espiritual do que por um título ou ofício.
No final do primeiro século e no início do segundo, presbíteros locais começaram a emergir como ‘sucessores’ residentes para um papel único de liderança desempenhado pelos apóstolos itinerantes. Sem a influência dos trabalhadores itinerantes, que haviam sido treinados pelos apóstolos, a igreja começou a seguir em direção aos padrões organizacionais de sua cultura.
Inácio de Antioquia (35-107 a.C.) foi o instrumento dessa modificação, como a primeira figura da história da igreja a dar o primeiro passo no escorregadio e decadente caminho de atribuição a um líder único na congregação. Inácio elevou um dos anciãos acima dos demais. O ancião ‘promovido’ era agora chamado de ‘o bispo’. Todas as responsabilidades que pertenceram ao colegiado de anciãos eram exercidas pelo bispo.
O bispo, com o tempo, veio a ser o principal administrador e distribuidor das riquezas da igreja. Era o homem responsável pelo ensino da fé e conhecedor sobre o que consistia o Cristianismo. A congregação, outrora ativa, havia se rendido à passividade. O povo de Deus meramente assistia a performance do bispo.
Na realidade, o bispo tornou-se o único pastor da igreja – o profissional do culto em comum. Era visto como porta-voz e o cabeça da congregação. Era aquele que controlava todas as atividades eclesiásticas, mantendo tudo sob controle.”

Trechos de Cristianismo pagão? (Frank Viola e George Barna)

Leia também
Pastor, posso ir? Pode. Quantos passos? Dois de formiguinha...
Feridos em nome de Deus vende 5.000 em 48 horas
Uma língua enorme e com orelhinhas bem pequenas

Cristianismo pagão? Um convite assustador

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Publicado originalmente em 8dez2013.

Trechos da introdução de Cristianismo pagão?, de Frank Viola.

Vivemos realmente de acordo com as Escrituras?

"Vida sem questionamentos é vida sem valor." Sócrates

Pode soar estranho, mas quase tudo aquilo que é feito na igreja cristã moderna não tem qualquer base bíblica. Enquanto os pastores rugem do alto de seus púlpitos sobre seguir a “Bíblia” e trilhar a “pura Palavra de Deus”, suas palavras lhes atraiçoam. É alarmante a terrível diferença entre o moderno cristianismo e as práticas da igreja do século I.

Questões que nunca formulamos

Sócrates (470-399 a.C.) é considerado por alguns historiadores como o pai da filosofia. Nascido e criado em Atenas, ele tinha o hábito de ir até a cidade e implacavelmente fazer questionamentos e analisar assuntos. Com audácia, Sócrates colocava em dúvida os pontos de vista do povo de seu tempo. Ele livremente discorria sobre temas que seus contemporâneos atenienses temiam discutir.

A mania de Sócrates de formular perguntas penetrantes às pessoas, fazendo-as participar e questionar criticamente acerca de seus costumes, eventualmente acabou provocando sua morte.

Seus contínuos questionamentos do conjunto das tradições fizeram com que os líderes atenienses o acusassem de “corromper a juventude”. Como resultado, eles mataram Sócrates. Uma clara mensagem foi enviada aos cidadãos atenienses: Todos que ameaçarem os costumes estabelecidos terão o mesmo destino!

Sócrates não foi o único filósofo a sofrer represálias pelo seu inconformismo: Aristóteles foi exilado, Spinoza foi excomungado e Bruno foi queimado vivo. Sem mencionar os milhares de cristãos torturados e assassinados pela igreja institucional por se atreverem desafiar seus ensinos.

Como cristãos, somos ensinados por nossos líderes a crer em certas ideias e nos comportar de determinada maneira. Temos a Bíblia, claro. Mas estamos condicionados a lê-la com as cômodas lentes da tradição cristã à qual pertencemos. Nos ensinaram a obedecer nossa denominação (ou movimento) e jamais desafiar tais ensinos.

(Neste momento todos os corações rebeldes estão aplaudindo e tramando usar os parágrafos anteriores para criar estragos em suas igrejas. Se este é o seu caso, querido coração rebelde, quero acrescentar algo para você em minha introdução. Longe de recomendar que faça isso, meu conselho é: Deixe sua igreja silenciosamente para não causar divisões ou viva em paz com ela. Há uma grande distância entre adotar uma postura rebelde e ficar do lado da verdade). [Mas se decidir sair, não tenha medo das ameaças.]

A verdade é que nós cristãos nunca colocamos em dúvida aquilo que fazemos. Pelo contrário, cumprimos alegremente nossas tradições religiosas, sem verificar de onde elas vieram. A maioria dos cristãos que afirma apoiar-se na Palavra de Deus nunca investiga se aquilo que faz a cada domingo tem base bíblica. Como sei isto? Porque se eles investigarem chegarão a conclusões bem incômodas. Conclusões que compeliriam suas consciências a abandonar tudo que fazem.

Como veremos adiante, o pensamento e a prática da igreja contemporânea sofreram mais influências de eventos históricos pós-bíblicos do que pelos imperativos e exemplos do N.T. A maioria dos cristãos não tem consciência desta influência. Tampouco se dá conta de que eventos históricos pós-bíblicos criaram montanhas de tradições — todas rotineiramente passadas como “cristãs”.

Um convite assustador

Agora convido o leitor seguir-me por uma estrada inédita. Trata-se de uma terrível jornada onde você será obrigado a responder questões que provavelmente nunca entraram em seu pensamento consciente.

Questões bem difíceis de responder, recorrentes, surpreendentes. Você será confrontado com respostas perturbadoras. Respostas que deixarão você diante das melhores coisas que um cristão pode conhecer.

Nas próximas páginas você ficará atônito quando descobrir que aquelas coisas que nós, cristãos, fazemos nas manhãs de domingo, não vieram de Jesus Cristo, dos Apóstolos ou das Escrituras. Nem mesmo vieram do Judaísmo. Sendo mais específico, a maior parte daquilo que fazemos na “igreja” foi absorvido diretamente da cultura pagã no período pós-apostólico. Sendo mais específico, a maior parte das nossas práticas eclesiásticas foi introduzida durante três períodos de tempo: Após Constantino (324 a 600), no tempo da Reforma (século XVI), e na era do Reavivamento (séculos XVIII e XIX).

Cada capítulo mostrará as tradicionais práticas eclesiásticas. Depois revelará a história de onde vieram tais práticas. E o mais importante, explicará como estas práticas sufocam e obstaculizam o funcionamento de Seu Corpo.

Se você não está disposto a examinar seriamente seu cristianismo, não mais leia estas páginas. Doe imediatamente este livro a algum sebo! Livre-se do incômodo de ter sua vida cristã virada de cabeça para baixo.

Não obstante, se você opta por “tomar a pastilha rubra” e averiguar “até onde vai a toca do coelho”. Se você quer aprender a verdadeira história das origens de suas práticas cristãs, se está disposto a desvendar o véu da igreja moderna e desafiar fortemente suas tradicionais pressuposições, então você encontrará aqui uma obra perturbadora, informativa e possivelmente transformadora de vida.

Em outras palavras, se você é um cristão de igreja institucional que leva a Bíblia a sério, o que você lerá mais adiante o levará a uma crise de consciência. Você será confrontado por fatos históricos irrefutáveis.

Em contrapartida, se você é um desses raros indivíduos que congrega com outros cristãos à margem do cristianismo organizado, você redescobrirá que não apenas as Escrituras, mas também a história estão a seu lado.

Dica de leitura: Cristianismo pagão

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Up. Publicado originalmente em 23/dez/2008

É tempo de restauração. Se você quer saber de onde vêm as práticas de culto das igrejas, leia CRISTIANISMO PAGÃO, a origem das práticas de nossa Igreja moderna, de Frank Viola.
Com uma minuciosa pesquisa histórica e riqueza de fontes, Viola nos faz refletir sobre: 1. Liturgia. 2. Sermão. 3. Edifício da Igreja. 4. Pastor. 5. Costumes Dominicais. 6. Ministros do Louvor. 7. Dízimos e Salários Clericais. 8. Batismo e Ceia do Senhor. 9. Educação Cristã. 10. Outra Perspectiva do Salvador. E 11. Abordagem ao NT.
Mas prepare-se para ser confrontado e às vezes ficar com as entranhas se contorcendo.
Leia o prólogo e o prefácio:

Prólogo

Este livro deveria ter sido escrito há 300 anos. Se isso tivesse ocorrido, a direção da história cristã seria totalmente distinta daquela que tomou.
Se cada ministro lesse este livro hoje, ele deixaria o ministério amanhã ou viveria uma vida de hipocrisia.
A maioria de nossas práticas da fé cristã não tem absolutamente nada a ver com o NT. Praticamente tudo que fazemos hoje como cristãos chegou até nós incidentalmente. Virtualmente, todas nossas principais práticas chegaram até nós durante os 50 anos do Imperador Constantino (d.C. 324) ou durante os 50 anos após o começo da Reforma (1517).
Viola nos prestou um grande serviço traçando a origem de todas nossas práticas protestantes.
Meu único pesar é que este livro será apenas um entre os 100 mil livros impressos este ano sobre a temática cristã.
Trezentos anos atrás — ou mesmo duzentos — Cristianismo pagão seria um entre poucas centenas de livros e, portanto, lido por uma grande porção de cristãos. Você pode ajudar a remediar isso falando deste livro para todos seus amigos.
A propósito, você também enfrentará uma crise de consciência após ler este livro. Você tomará conhecimento das origens pagãs e não bíblicas de tudo que fazemos hoje. Você nunca poderá voltar a dizer, “Nos baseamos na Bíblia. Fazemos tudo conforme o NT”. Praticamente não fazemos nada que seja neotestamentário, como veremos.
Mas há uma tragédia maior aqui. Tomamos o NT e o torcemos, fazendo o NT endossar o que fazemos hoje. Esta mentalidade — que é universal — foi absorvida tanto pelo leigo como pelo clero... Esta mentalidade vem — e continua — destruindo a fé cristã.
Herdamos uma situação tal que não temos absolutamente nenhuma idéia de como nossa fé deveria ser praticada.
O que é que precisamos fazer? No que se refere à prática de nossa fé hoje, necessitamos começar tudo da estaca zero, deixando de lado tudo que praticamos hoje.
Em segundo lugar, necessitamos aprender a história do século I e depois prosseguir em nossas próprias práticas.
Mais uma vez, recomendo não apenas a leitura deste livro, mas também falar sobre ele com outros cristãos que conhece para que também o leiam.
E depois? Siga sua consciência. Faça isso, e verá o ressurgimento daquelas simples e primitivas práticas do século I.
Gene Edwards, Jacksonville, Flórida

"A experiência provê a dolorosa prova de que as tradições, uma vez engendradas, são primeiramente tidas como úteis, depois consideradas necessárias, até finalmente serem transformadas em ídolos. Todos têm que se curvar diante delas ou haverá punição." J.C. Ryle

Prefácio

"Por que vocês violam o mandamento de Deus por amor à sua tradição?" Jesus Cristo

Quando o Senhor Jesus andou nesta terra, seus principais opositores vieram das duas principais facções religiosas daquele tempo: Os fariseus e os saduceus.
A facção farisaica aumentava as sagradas Escrituras. Eles agregavam à Palavra de Deus um punhado de leis humanas e as passavam para as gerações subseqüentes. Este conjunto de costumes consagrados, muitos deles chamados de “tradições dos anciãos”, passaram a ser considerados iguais às Escrituras Sagradas[1]. O erro dos Saduceus estava no outro extremo. Eles subtraíam blocos inteiros das Escrituras — considerando apenas a Lei de Moisés como digna de ser observada.[2] (Os saduceus negavam a existência dos espíritos, anjos, alma, vida após a morte e a ressurreição).[3]
O efeito imediato foi que quando o Senhor Jesus entrou no drama da história humana, Sua autoridade foi arduamente desafiada.[4] A razão era simples. Ele não se enquadrava nos moldes religiosos de nenhum dos dois campos. Jesus era visto com suspeita tanto pelos fariseus como pelos saduceus. Não demorou muito para que esta suspeita se transformasse em hostilidade. Logo os fariseus e os saduceus começaram a planejar a morte do Filho de Deus!
Vivemos um tempo em que a história se repete. A moderna cristandade caiu nos mesmos erros dos fariseus e dos saduceus.
Na tradição dos saduceus, a grande maioria das práticas do século I já havia sido retirada da paisagem cristã. Meu livro, Repensando o odre, revela algumas das práticas esquecidas que caracterizavam a vida da igreja no século I.[5]
Mas o cristianismo moderno também é culpado de cometer o erro dos fariseus. Ou seja, o cristianismo moderno agregou um monte de tradições humanamente concebidas que acabaram suprimindo a direção funcional, real e vivificante de Jesus Cristo enquanto Cabeça de Sua Igreja.
Dessa forma, tanto os fariseus como os saduceus nos ensinaram uma lição muitas vezes esquecida: É tão nocivo diluir a autoridade da Palavra de Deus por adição como por supressão. Violamos as Escrituras tanto ao enterrá-las sob uma montanha de tradição humana, como ao ignorar seus princípios.
Este livro dedica-se a expor as tradições adotadas com relação a Deus e Sua Igreja. Ao fazê-lo produz uma séria conclusão: A igreja institucional moderna não tem qualquer direito bíblico nem histórico para continuar existindo!
Isto não é obra para pesquisadores. Tão pouco é uma obra completa. Uma abordagem exaustiva das origens de nossas práticas na igreja moderna encheria volumes e mais volumes e seria lido por poucas pessoas. Embora este livro seja de apenas um volume, traz consigo uma grande quantidade da história em um pequeno espaço. De fato, pode-se dizer corretamente que o que está contido nestas páginas é o resumo de toda uma biblioteca!
Este livro não tem a pretensão de trazer luz a todos os recantos da história. Pretende sim focalizar a origem das práticas centrais que definem a principal corrente do cristianismo de hoje[6]
É de vital importância a compreensão das raízes das práticas de nossa igreja moderna. Espero que cada cristão alfabetizado leia esta obra.[7] Por conseguinte, preferi não empregar uma linguagem técnica, mas escrever em um português simples. Assim, agreguei notas ao pé da página contendo detalhes adicionais e fontes ao longo de cada capítulo. (Eu quero que meus leitores saibam que eu não estou assoprando bolhas de sabão nem construindo castelos de areia!) Os cristãos reflexivos que desejam verificar minhas declarações e alcançar uma compreensão mais profunda dos temas abordados devem ler as notas ao pé da página. Os que não se preocupam com tais coisas devem ignorá-las.
Finalmente, este livro complementa meu primeiro livro Repensando o odre: A prática do NT. Ambos os livros mostram os dois lados da mesma moeda. O Odre demonstra de uma forma cabal que aqueles que abandonaram o aprisco do cristianismo institucional têm o direito bíblico de existir. O livro que você tem em suas mãos mostra a outra face da moeda, eles têm também o direito histórico de existir.
Frank Viola, Brandon, Flórida, dezembro de 2002.

“Mas o Imperador está nu!” Disse um garotinho. “Falou a voz da inocência!” Exclamou o pai; e cochichou para outro o que a criança dissera. “Ele está nu!” Correu de boca em boca. “Ele está nu!” Bradou finalmente o povo. O Imperador ficou envergonhado porque sabia que estavam certos; mas refletiu: “O cortejo precisa prosseguir!” Aprumou ainda mais o corpo, e os camareiros, solenes, continuaram fingindo segurar o manto real que não existia." Hans Christian Anderson


Notas
[1] Nelson’s Illustrated Bible Dictionary (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1986), pp. 830-831. Veja também: Mateus 23:23-24. Os Fariseus obedeceram a Lei de Deus segundo sua própria interpretação, tal Lei era aplicada pelos Escribas. Os Escribas eram especialistas da Lei e viveram vidas piedosas e disciplinadas. Eles chegaram a ser os intérpretes oficiais da Palavra de Deus e eram dotados com o poder de criar a tradição. (Nelson’s Illustrated Bible Dictionary, pp. 957-958).[2] A “Lei de Moisés” refere-se aos primeiros cinco livros do Antigo Testamento, i. e. Gênesis a Deuteronômio. Também é chamada de “Tora” (a Lei) e “Pentateuco”, o qual é um termo grego que significa “cinco volumes”.[3] New Bible Dictionary: 2nd Edition (Wheaton: Inter-Varsity Fellowship, 1982), p. 1055.[4] Marcos 11:28.[5] Tais práticas estão atualmente sendo restauradas em pequena escala por almas atrevidas que tomaram o espantoso passo de deixar o refúgio do cristianismo institucional.[6] Este livro enfoca as práticas cristãs protestantes. Seu alcance principal é “a igreja hoje” do Protestantismo em vez da “alta igreja” como as denominações Anglicanas, Episcopais, e um tipo de Luteranos. O livro abrange as práticas da “alta Igreja” Católica apenas de passagem.[7] Como disse Bacon certa vez, “As obras de Agostinho e de Ambrósio geram tanta sabedoria divina quanto qualquer história eclesiástica bem lida e examinada”.

Leia outros trechos:
Uma língua enorme e com orelhinhas bem pequenas

domingo, 25 de outubro de 2015

Falta empatia ou a dificuldade em se colocar no lugar do outro, os sortudos e os azarados

Publicado originalmente em 15jan2014.

P.S.: "Empatia  
3. capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.
3.1. Rubrica: psicologia.
processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro
3.2. Rubrica: sociologia.
forma de cognição do eu social mediante três aptidões: para se ver do ponto de vista de outrem, para ver os outros do ponto de vista de outrem ou para ver os outros do ponto de vista deles mesmos." (Houaiss)

As leituras sobre misoginia, pedofilia, violência na saúdeviolência obstétrica e outras causas humanitárias me fizeram abrir os olhos para uma outra triste realidade nossa. Às vezes leio um texto de alguma história de violência, e quando vejo os comentários dos outros leitores, dá vontade de chorar mais ainda. E até já ouvi coisas parecidas de pessoas que conheceram a história que vivi recentemente com meu pai no hospital.

E os comentários são mais ou menos assim:
"Ainda bem que meu(s) parto(s) foi(ram) maravilhoso(s), deu tudo certo, fui muito bem atendida, não tenho do que reclamar."
"Ah, comigo não foi assim, ainda bem, meu parto foi tranquilo."
"Ah, eu tive sorte, não passei por isso."
E muitas vezes essas mulheres que fazem comentários assim passaram por violência obstétrica e nem sabem, porque não leram nada sobre o assunto.

E outros comentários parecidos:
"Ah, ele não tinha plano de saúde? O meu tinha, e foi muito bem atendido."
"Ainda bem que tive mais sorte, fomos muito bem atendidos no hospital."
E essas pessoas também não sabem o que significa violência na saúde, e também não ouviram tantas histórias tristes sobre hospitais particulares como ouvi, significando que não é por ser particular ou público que vai garantir um atendimento humanizado.

E quando leio comentários desse tipo fico me perguntado: Então nós que sofremos a violência somos os "azarados"? É isso que estão querendo dizer?

E a minha conclusão é que, sim, alguns tiveram mais "sorte", mas muitos são "azarados", e não sei o critério para o "sorteio", mas percebo que as pessoas têm uma enorme dificuldade em se colocar no lugar do outro, em sentir a dor outro. Não foi com elas, então os "azarados" que se lasquem, elas não se importam com isso. Até o dia em que derem o "azar" de encontrar um médico não humanizado, aí vão entender, porque infelizmente as pessoas só entendem o outro quando passam pela mesma dor.

Não preciso ser mãe, como não sou, para entender e sentir a dor das mulheres que todos os dias têm o seu parto roubado em hospitais públicos e particulares neste país. Não preciso ter passado pelo que elas passaram para sofrer junto com elas e tentar divulgar, alertar, compartilhar, para que outras mulheres não passem por isso.

Não preciso ter um marido misógino, como não tenho, para entender e sentir a dor das mulheres que sofrem caladas esse pesadelo em todas as classes sociais, em todos os grupos. Posso perfeitamente entender e sofrer com elas, e por isso faço minha parte, divulgando e alertando. O maior elogio que recebi do meu marido foi ele dizer que sou engajada.

P.S.: E você não precisa ter sido molestado quando criança, não precisa ter sido vítima de pedofilia, como eu fui, com primeiro assédio aos seis anos, e como trocentas crianças foram e são vítimas o tempo todo neste país campeão em pedofilia, e não precisa ter filhos ou sobrinhos vítimas de pedófilos para se colocar no lugar de quem foi. Você pode tentar imaginar e tentar sentir a dor de cada uma dessas crianças e tentar ter um pouco de empatia.

Enquanto isso os "sortudos" não estão nem aí para nada disso, não curtem uma postagem no Facebook, não compartilham, não ajudam a divulgar. Enquanto isso muitos religiosos "sortudos" que não estão nem aí para causas humanitárias, só divulgam seus congressos, festinhas, postam piadinhas etc (quase nunca vejo um religioso envolvido em causas humanitárias, o máximo que fazem é divulgar correntes de oração que eu considero inúteis).

Enfim, mesmo não precisando ser "azarada" em todas as situações, e sendo "azarada" em outras, prefiro continuar alertando, falando, falando, falando, um dia alguém vai ouvir e vou salvar mais um de ser um "azarado" neste país de egoístas.

E cuidado, o "sortudo" de hoje pode ser o "azarado" de amanhã.

Desmentindo mitos sobre parto


Primeiro assédio 5

#PrimeiroAssedio Peguem um lenço antes de ler.

Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Sábado, 24 de outubro de 2015

Primeiro assédio 4

Primeiro assédio 3

Primeiro assédio revelou aos desinformados: que #pedofilia é uma epidemia gravíssima; que 76% dos pedófilos do mundo est...

Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Quinta, 22 de outubro de 2015

Primeiro assédio 2


Primeiro assédio 1


"É claro que a gente vem batendo nessa tecla faz um tempo. Quando “novinha” foi o termo mais procurado em sites pornográ...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Quinta, 22 de outubro de 2015

O Renascimento do parto 2


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Receitas e dicas 67: E foi assim que minha cozinha entrou no banheiro

Publicado originalmente em 31ago2014.

O vinagre já virou amaciante de roupas e produto de limpeza do chão aqui em casa há cerca de um ano. E depois da alimentação natural, entrei na tribo dos cosméticos naturais, querendo consumir menos veneno possível também através da pele, e seguindo o conselho de não usar na pele ou cabelos aquilo que eu não comeria. Ainda estou no início do processo e tenho feito muitas experiências, mas foi assim que mel, canela e chá de camomila, limão e bicarbonato de sódio, vinagre, chá de alecrim, óleo de coco e azeite viraram ingredientes para clarear, lavar e condicionar os cabelos, e própolis, óleo de coco, bicarbonato de sódio e cúrcuma viraram cremes dentais. Meus cabelos não gostaram muito de vinagre, então tenho usado mais a técnica de co-wash com condicionador liberado para no poo (explicações nos links abaixo), ou seja, com quase nenhum veneno e sem silicone e petrolatos. E querem saber? Não estou sentindo a menor falta dos produtos industrializados. Amando ser livre dessas indústrias assassinas e amando dar tchauzinho para o sistema.

Para quem quiser saber mais sobre o assunto, dicas de alguns textos interessantes:

http://ivymaraey.com/2014/08/22/a-descoberta-dos-cosmeticos-naturais/

http://pat.feldman.com.br/2011/05/10/qual-a-pasta-de-dentes-que-voce-usa-em-casa/

http://www.receitasdebelezaverde.com.br/2013/09/16-maneiras-de-usar-oleo-de-coco.html

E tem estes grupos no Facebook para troca de figurinhas, receitas e dicas:
https://www.facebook.com/groups/no.low.iniciantes/
https://www.facebook.com/groups/533102850128928/

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Como eu amo a tua lei!

Oitavo e nono dias após Sucot (5,6out2015) - Shemini Atsêret, o Oitavo Dia de Assembleia, e Simchat Torá, A alegria da Torá - A cada semana é lido um trecho da Torá. Em Simchat Torá celebra-se o término do ciclo, e no shabat seguinte a leitura recomeça, pela parashat Bereshit.

"Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Eterno! Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam! Não praticam o mal e andam nos caminhos do Eterno. Tu mesmo ordenaste os teus preceitos para que sejam fielmente obedecidos. Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas. Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra. Sim, os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os meus conselheiros. Corro pelo caminho que os teus mandamentos apontam, pois me deste maior entendimento. Falarei dos teus testemunhos diante de reis, sem ficar envergonhado. Tenho prazer nos teus mandamentos; eu os amo. Para mim vale mais a lei que decretaste do que milhares de peças de prata e ouro. Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído. Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais que o mel para a minha boca! A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho. Os teus testemunhos são a minha herança permanente; são a alegria do meu coração. Dispus o meu coração para cumprir os teus decretos até o fim. Eu amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro puro. Os meus perseguidores aproximam-se com más intenções; mas estão distantes da tua lei. Tu, porém, Eterno, estás perto e todos os teus mandamentos são verdadeiros. Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar. Obedeço aos teus testemunhos; amo-os infinitamente! Anseio pela tua salvação, Pai Eterno, e a tua lei é o meu prazer." Salmo 119 (trechos)


Lulei soiroscha (Salmo 119.92)
Mordechai Ben David

Lulei soiroscha sha’ashuoi
Se não fosse tua Lei, meu prazer
Oz ovad’ti b’onyi
Já teria perecido, na minha angústia

Lulei soiroscha sha’ashuoi
Se não fosse tua Lei, meu prazer
Oz ovad’ti b’onyi
Já teria perecido, na minha angústia

Ra, ra, ra...
Oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi...
Oz ovad’ti, ovad’ti b’onyi