Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Dezembro é tempo de...


E está chegando o tempo das desculpas: "Eu sei que não foi nessa data e sei que não está na Bíblia, mas eu gosto tanto...
Posted by Blog-livro Libertação é teshuvah on Sábado, 12 de dezembro de 2015

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Festas bíblicas X festas pagãs: benefício da dúvida

Publicado originalmente em 21/dez/2008.

Recebi alguns emails sobre o texto do Natal. Alguns apoiando e outros rejeitando educadamente. Pena que não postaram aqui nos comentários.

E repito aqui o que sempre costumo dizer: "Você não precisa acreditar em mim. Mas também não adianta tentar me convencer. O que você deve fazer – sempre faço quando ouço algo estranho –, é orar: 'Pai, se isso que ela está dizendo é verdade, então, me convença, confirme tudo isso. Mas se ela está enganada, então fale com ela'." Comigo sempre funciona, pode levar um ano, mas o Pai sempre confirma.

Antes de ficar dizendo que fiquei maluca, você deveria me dar o benefício da dúvida. "E se isso for verdade?"

Então, ore e peça ao Pai que confirme. Se não for verdade, você vai saber, ele vai te responder. Siga o conselho de não rejeitar as profecias, mas antes prová-las. Vá e faça isso.

Eu não vou te convencer e você também não vai me convencer. Esse não é nosso papel. É papel do Eterno. Vamos deixá-lo trabalhar, certo?

O que tenho a dizer em defesa dos meus argumentos é que conheço os dois lados e por isso tenho condições de julgar por mim mesma qual dos dois é melhor. Já fui tradicional e religiosa. Já comemorei Natal com tudo que tinha direito. Mas um dia o Eterno me abriu os olhos e desde então decidi obedecer. Nenhum ser humano me falou sobre o Natal ou outras festas pagãs. Foi o próprio Eterno. Eu nunca tinha lido nada sobre isso. Depois ele só confirmou, enviando vários textos e testemunhos sobre esses assuntos.

E garanto que nunca mais quero ser aquilo que fui, nunca mais. Não troco o que tenho vivido do lado de cá por nada que deixei do lado de lá, absolutamente nada. Sim, eu sou radical, mas sempre fui. Só que antes eu defendia coisas terrenas, hoje defendo as eternas. E descobri uma liberdade maravilhosa. Eu me sinto livre de verdade. Bem, e não estou rasgando dinheiro.

Por último, permita-me esclarecer sobre um argumento que recebi de alguém que não aceita que Natal é festa pagã e disse que um dia vamos deixar de comemorar a Páscoa porque tem coelhinho etc.

Uma coisa é pegar uma festa bíblica, instituída pelo Eterno, como a Páscoa, e colocar um monte de símbolos pagãos, como o coelhinho, ovos de chocolate. Essa precisa ser resgatada, precisa de restauração aos padrões bíblicos, inclusive quanto à data, que deveria seguir o calendário hebraico. E a história da Páscoa também deveria ser resgatada, porque continua sendo a história da saída do povo de Israel do Egito e as ervas amargas não podem ser substituídas por chocolates doces.

Outra coisa é pegar uma festa pagã, de homenagem a um ídolo, e colocar um monte de símbolos religiosos, para "santificar" a festa. Essa precisa ser destruída.

"O meu anjo irá à frente de vocês e os fará chegar à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei. Não se curvem diante dos deuses deles, nem lhes prestem culto, nem sigam as suas práticas. Destruam-nos totalmente e quebrem as suas colunas sagradas." Êxodo23.23,24

"Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde os estou levando. Não sigam as suas práticas." Levítico18.3

P.S.: Não comemoro Natal, então não faço nada dessas coisas tradicionais desta época. Mas me deprime saber que tanta gente fica triste e deprimida, sendo que dizem que é época de festas. E me deprime mais ainda uma festa "religiosa" cheia de mentiras, a começar pela data, que praticamente o mundo todo e até ateus comemoram, mas a sociedade e o "cerumanu" ficam muito piores a cada ano. Ah, e já ia esquecendo, a gula, as pessoas comendo até quase explodir, isso me deprime profundamente.

P.S.2: Mas se você comemora e vai se render ao consumismo, tenho uma dica para amenizar o impacto ambiental: não embrulhe seus presentes com papéis que vão para o lixo depois, mas coloque-os em ecobags e as pessoas ainda ganham uma linda bolsa para levar ao mercado ou à feira depois.

'Historiador afirma: "Há um abismo entre o Cristo da fé e o Jesus histórico" '

Publicado originalmente em 13maio2014

Dica de leitura

Zelota
A vida e a época de Jesus de Nazaré
Reza Aslan

Best-seller internacional que mobilizou a opinião pública.

Uma impressionante história de Jesus, de sua época conturbada e do nascimento do cristianismo.

"Em uma narrativa de tirar o fôlego, Zelota oferece uma nova perspectiva sobre aquela que talvez seja a história mais extraordinária da humanidade, e afirma a natureza radical e transformadora da vida e da missão de Jesus de Nazaré."

Assista entrevista com o autor:





sábado, 31 de outubro de 2015

Reforma X Restauração

UP.: Publicado originalmente em out/2011

‎"Reforma ou restauração de casas antigas – atenção para as diferenças! Na restauração tudo tem que ser mantido exatamente igual ao original, sobretudo a fachada, ... sempre com cuidado para não alterar as configurações e o estilo do imóvel. Já na reforma você pode aproveitar o que gosta e adaptar tudo aquilo que precisa para que a casa fique como você sonha... com ares mais contemporâneos." (Blog Casos de Casa)

"Restauração é a arte de reconstruir, preservar e conservar uma obra de arte em sua forma original." (Oficina de Restauro Regina Célia Sabó)

Teshuvah é restauração, retorno às raízes, retorno ao original.

Pastor, posso ir? A origem

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Up. Publicado originalmente em 4/set/2009

Em referência ao texto Pastor, posso ir? Pode. Quantos passos? Dois de formiguinha...

"O pastor. A figura fundamental da fé protestante. É tão habitual para as mentes cristãs, que frequentemente é mais conhecido, mais louvado, e mais confiável até que o próprio Jesus Cristo!
Elimine o pastor e a maioria das igrejas protestantes entrará em pânico. Remova o pastor e o protestantismo, como o conhecemos, poderá morrer. O pastor é o ponto dominante, a base e a peça central da igreja contemporânea.
Mas aqui está uma profunda ironia. Não há um só versículo em todo o Novo Testamento que apóie a existência do moderno pastor dos nossos dias! Ele simplesmente nunca existiu na igreja primitiva.
Não há nenhum apoio bíblico para a prática
sola pastora (único pastor).
O nascimento do papel do bispo soberano Até o século 2, a igreja não tinha uma liderança oficial. Lideranças nas igrejas do século 1 eram raras, com certeza. Em relação a isso, a igreja do primeiro século era mesmo uma anomalia. Eram grupos religiosos sem sacerdote, templo ou sacrifício. Os próprios cristãos conduziram a igreja sob o comando direto de Jesus Cristo. Os líderes se desenvolviam naturalmente, sem títulos, e foram reconhecidos mais por seu serviço e maturidade espiritual do que por um título ou ofício.
No final do primeiro século e no início do segundo, presbíteros locais começaram a emergir como ‘sucessores’ residentes para um papel único de liderança desempenhado pelos apóstolos itinerantes. Sem a influência dos trabalhadores itinerantes, que haviam sido treinados pelos apóstolos, a igreja começou a seguir em direção aos padrões organizacionais de sua cultura.
Inácio de Antioquia (35-107 a.C.) foi o instrumento dessa modificação, como a primeira figura da história da igreja a dar o primeiro passo no escorregadio e decadente caminho de atribuição a um líder único na congregação. Inácio elevou um dos anciãos acima dos demais. O ancião ‘promovido’ era agora chamado de ‘o bispo’. Todas as responsabilidades que pertenceram ao colegiado de anciãos eram exercidas pelo bispo.
O bispo, com o tempo, veio a ser o principal administrador e distribuidor das riquezas da igreja. Era o homem responsável pelo ensino da fé e conhecedor sobre o que consistia o Cristianismo. A congregação, outrora ativa, havia se rendido à passividade. O povo de Deus meramente assistia a performance do bispo.
Na realidade, o bispo tornou-se o único pastor da igreja – o profissional do culto em comum. Era visto como porta-voz e o cabeça da congregação. Era aquele que controlava todas as atividades eclesiásticas, mantendo tudo sob controle.”

Trechos de Cristianismo pagão? (Frank Viola e George Barna)

Leia também
Pastor, posso ir? Pode. Quantos passos? Dois de formiguinha...
Feridos em nome de Deus vende 5.000 em 48 horas
Uma língua enorme e com orelhinhas bem pequenas

Cristianismo pagão? Um convite assustador

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Publicado originalmente em 8dez2013.

Trechos da introdução de Cristianismo pagão?, de Frank Viola.

Vivemos realmente de acordo com as Escrituras?

"Vida sem questionamentos é vida sem valor." Sócrates

Pode soar estranho, mas quase tudo aquilo que é feito na igreja cristã moderna não tem qualquer base bíblica. Enquanto os pastores rugem do alto de seus púlpitos sobre seguir a “Bíblia” e trilhar a “pura Palavra de Deus”, suas palavras lhes atraiçoam. É alarmante a terrível diferença entre o moderno cristianismo e as práticas da igreja do século I.

Questões que nunca formulamos

Sócrates (470-399 a.C.) é considerado por alguns historiadores como o pai da filosofia. Nascido e criado em Atenas, ele tinha o hábito de ir até a cidade e implacavelmente fazer questionamentos e analisar assuntos. Com audácia, Sócrates colocava em dúvida os pontos de vista do povo de seu tempo. Ele livremente discorria sobre temas que seus contemporâneos atenienses temiam discutir.

A mania de Sócrates de formular perguntas penetrantes às pessoas, fazendo-as participar e questionar criticamente acerca de seus costumes, eventualmente acabou provocando sua morte.

Seus contínuos questionamentos do conjunto das tradições fizeram com que os líderes atenienses o acusassem de “corromper a juventude”. Como resultado, eles mataram Sócrates. Uma clara mensagem foi enviada aos cidadãos atenienses: Todos que ameaçarem os costumes estabelecidos terão o mesmo destino!

Sócrates não foi o único filósofo a sofrer represálias pelo seu inconformismo: Aristóteles foi exilado, Spinoza foi excomungado e Bruno foi queimado vivo. Sem mencionar os milhares de cristãos torturados e assassinados pela igreja institucional por se atreverem desafiar seus ensinos.

Como cristãos, somos ensinados por nossos líderes a crer em certas ideias e nos comportar de determinada maneira. Temos a Bíblia, claro. Mas estamos condicionados a lê-la com as cômodas lentes da tradição cristã à qual pertencemos. Nos ensinaram a obedecer nossa denominação (ou movimento) e jamais desafiar tais ensinos.

(Neste momento todos os corações rebeldes estão aplaudindo e tramando usar os parágrafos anteriores para criar estragos em suas igrejas. Se este é o seu caso, querido coração rebelde, quero acrescentar algo para você em minha introdução. Longe de recomendar que faça isso, meu conselho é: Deixe sua igreja silenciosamente para não causar divisões ou viva em paz com ela. Há uma grande distância entre adotar uma postura rebelde e ficar do lado da verdade). [Mas se decidir sair, não tenha medo das ameaças.]

A verdade é que nós cristãos nunca colocamos em dúvida aquilo que fazemos. Pelo contrário, cumprimos alegremente nossas tradições religiosas, sem verificar de onde elas vieram. A maioria dos cristãos que afirma apoiar-se na Palavra de Deus nunca investiga se aquilo que faz a cada domingo tem base bíblica. Como sei isto? Porque se eles investigarem chegarão a conclusões bem incômodas. Conclusões que compeliriam suas consciências a abandonar tudo que fazem.

Como veremos adiante, o pensamento e a prática da igreja contemporânea sofreram mais influências de eventos históricos pós-bíblicos do que pelos imperativos e exemplos do N.T. A maioria dos cristãos não tem consciência desta influência. Tampouco se dá conta de que eventos históricos pós-bíblicos criaram montanhas de tradições — todas rotineiramente passadas como “cristãs”.

Um convite assustador

Agora convido o leitor seguir-me por uma estrada inédita. Trata-se de uma terrível jornada onde você será obrigado a responder questões que provavelmente nunca entraram em seu pensamento consciente.

Questões bem difíceis de responder, recorrentes, surpreendentes. Você será confrontado com respostas perturbadoras. Respostas que deixarão você diante das melhores coisas que um cristão pode conhecer.

Nas próximas páginas você ficará atônito quando descobrir que aquelas coisas que nós, cristãos, fazemos nas manhãs de domingo, não vieram de Jesus Cristo, dos Apóstolos ou das Escrituras. Nem mesmo vieram do Judaísmo. Sendo mais específico, a maior parte daquilo que fazemos na “igreja” foi absorvido diretamente da cultura pagã no período pós-apostólico. Sendo mais específico, a maior parte das nossas práticas eclesiásticas foi introduzida durante três períodos de tempo: Após Constantino (324 a 600), no tempo da Reforma (século XVI), e na era do Reavivamento (séculos XVIII e XIX).

Cada capítulo mostrará as tradicionais práticas eclesiásticas. Depois revelará a história de onde vieram tais práticas. E o mais importante, explicará como estas práticas sufocam e obstaculizam o funcionamento de Seu Corpo.

Se você não está disposto a examinar seriamente seu cristianismo, não mais leia estas páginas. Doe imediatamente este livro a algum sebo! Livre-se do incômodo de ter sua vida cristã virada de cabeça para baixo.

Não obstante, se você opta por “tomar a pastilha rubra” e averiguar “até onde vai a toca do coelho”. Se você quer aprender a verdadeira história das origens de suas práticas cristãs, se está disposto a desvendar o véu da igreja moderna e desafiar fortemente suas tradicionais pressuposições, então você encontrará aqui uma obra perturbadora, informativa e possivelmente transformadora de vida.

Em outras palavras, se você é um cristão de igreja institucional que leva a Bíblia a sério, o que você lerá mais adiante o levará a uma crise de consciência. Você será confrontado por fatos históricos irrefutáveis.

Em contrapartida, se você é um desses raros indivíduos que congrega com outros cristãos à margem do cristianismo organizado, você redescobrirá que não apenas as Escrituras, mas também a história estão a seu lado.

Dica de leitura: Cristianismo pagão

Não é tempo de reforma.
É tempo de restauração, de retorno às raízes, ao original, é tempo de teshuvah.

Up. Publicado originalmente em 23/dez/2008

É tempo de restauração. Se você quer saber de onde vêm as práticas de culto das igrejas, leia CRISTIANISMO PAGÃO, a origem das práticas de nossa Igreja moderna, de Frank Viola.
Com uma minuciosa pesquisa histórica e riqueza de fontes, Viola nos faz refletir sobre: 1. Liturgia. 2. Sermão. 3. Edifício da Igreja. 4. Pastor. 5. Costumes Dominicais. 6. Ministros do Louvor. 7. Dízimos e Salários Clericais. 8. Batismo e Ceia do Senhor. 9. Educação Cristã. 10. Outra Perspectiva do Salvador. E 11. Abordagem ao NT.
Mas prepare-se para ser confrontado e às vezes ficar com as entranhas se contorcendo.
Leia o prólogo e o prefácio:

Prólogo

Este livro deveria ter sido escrito há 300 anos. Se isso tivesse ocorrido, a direção da história cristã seria totalmente distinta daquela que tomou.
Se cada ministro lesse este livro hoje, ele deixaria o ministério amanhã ou viveria uma vida de hipocrisia.
A maioria de nossas práticas da fé cristã não tem absolutamente nada a ver com o NT. Praticamente tudo que fazemos hoje como cristãos chegou até nós incidentalmente. Virtualmente, todas nossas principais práticas chegaram até nós durante os 50 anos do Imperador Constantino (d.C. 324) ou durante os 50 anos após o começo da Reforma (1517).
Viola nos prestou um grande serviço traçando a origem de todas nossas práticas protestantes.
Meu único pesar é que este livro será apenas um entre os 100 mil livros impressos este ano sobre a temática cristã.
Trezentos anos atrás — ou mesmo duzentos — Cristianismo pagão seria um entre poucas centenas de livros e, portanto, lido por uma grande porção de cristãos. Você pode ajudar a remediar isso falando deste livro para todos seus amigos.
A propósito, você também enfrentará uma crise de consciência após ler este livro. Você tomará conhecimento das origens pagãs e não bíblicas de tudo que fazemos hoje. Você nunca poderá voltar a dizer, “Nos baseamos na Bíblia. Fazemos tudo conforme o NT”. Praticamente não fazemos nada que seja neotestamentário, como veremos.
Mas há uma tragédia maior aqui. Tomamos o NT e o torcemos, fazendo o NT endossar o que fazemos hoje. Esta mentalidade — que é universal — foi absorvida tanto pelo leigo como pelo clero... Esta mentalidade vem — e continua — destruindo a fé cristã.
Herdamos uma situação tal que não temos absolutamente nenhuma idéia de como nossa fé deveria ser praticada.
O que é que precisamos fazer? No que se refere à prática de nossa fé hoje, necessitamos começar tudo da estaca zero, deixando de lado tudo que praticamos hoje.
Em segundo lugar, necessitamos aprender a história do século I e depois prosseguir em nossas próprias práticas.
Mais uma vez, recomendo não apenas a leitura deste livro, mas também falar sobre ele com outros cristãos que conhece para que também o leiam.
E depois? Siga sua consciência. Faça isso, e verá o ressurgimento daquelas simples e primitivas práticas do século I.
Gene Edwards, Jacksonville, Flórida

"A experiência provê a dolorosa prova de que as tradições, uma vez engendradas, são primeiramente tidas como úteis, depois consideradas necessárias, até finalmente serem transformadas em ídolos. Todos têm que se curvar diante delas ou haverá punição." J.C. Ryle

Prefácio

"Por que vocês violam o mandamento de Deus por amor à sua tradição?" Jesus Cristo

Quando o Senhor Jesus andou nesta terra, seus principais opositores vieram das duas principais facções religiosas daquele tempo: Os fariseus e os saduceus.
A facção farisaica aumentava as sagradas Escrituras. Eles agregavam à Palavra de Deus um punhado de leis humanas e as passavam para as gerações subseqüentes. Este conjunto de costumes consagrados, muitos deles chamados de “tradições dos anciãos”, passaram a ser considerados iguais às Escrituras Sagradas[1]. O erro dos Saduceus estava no outro extremo. Eles subtraíam blocos inteiros das Escrituras — considerando apenas a Lei de Moisés como digna de ser observada.[2] (Os saduceus negavam a existência dos espíritos, anjos, alma, vida após a morte e a ressurreição).[3]
O efeito imediato foi que quando o Senhor Jesus entrou no drama da história humana, Sua autoridade foi arduamente desafiada.[4] A razão era simples. Ele não se enquadrava nos moldes religiosos de nenhum dos dois campos. Jesus era visto com suspeita tanto pelos fariseus como pelos saduceus. Não demorou muito para que esta suspeita se transformasse em hostilidade. Logo os fariseus e os saduceus começaram a planejar a morte do Filho de Deus!
Vivemos um tempo em que a história se repete. A moderna cristandade caiu nos mesmos erros dos fariseus e dos saduceus.
Na tradição dos saduceus, a grande maioria das práticas do século I já havia sido retirada da paisagem cristã. Meu livro, Repensando o odre, revela algumas das práticas esquecidas que caracterizavam a vida da igreja no século I.[5]
Mas o cristianismo moderno também é culpado de cometer o erro dos fariseus. Ou seja, o cristianismo moderno agregou um monte de tradições humanamente concebidas que acabaram suprimindo a direção funcional, real e vivificante de Jesus Cristo enquanto Cabeça de Sua Igreja.
Dessa forma, tanto os fariseus como os saduceus nos ensinaram uma lição muitas vezes esquecida: É tão nocivo diluir a autoridade da Palavra de Deus por adição como por supressão. Violamos as Escrituras tanto ao enterrá-las sob uma montanha de tradição humana, como ao ignorar seus princípios.
Este livro dedica-se a expor as tradições adotadas com relação a Deus e Sua Igreja. Ao fazê-lo produz uma séria conclusão: A igreja institucional moderna não tem qualquer direito bíblico nem histórico para continuar existindo!
Isto não é obra para pesquisadores. Tão pouco é uma obra completa. Uma abordagem exaustiva das origens de nossas práticas na igreja moderna encheria volumes e mais volumes e seria lido por poucas pessoas. Embora este livro seja de apenas um volume, traz consigo uma grande quantidade da história em um pequeno espaço. De fato, pode-se dizer corretamente que o que está contido nestas páginas é o resumo de toda uma biblioteca!
Este livro não tem a pretensão de trazer luz a todos os recantos da história. Pretende sim focalizar a origem das práticas centrais que definem a principal corrente do cristianismo de hoje[6]
É de vital importância a compreensão das raízes das práticas de nossa igreja moderna. Espero que cada cristão alfabetizado leia esta obra.[7] Por conseguinte, preferi não empregar uma linguagem técnica, mas escrever em um português simples. Assim, agreguei notas ao pé da página contendo detalhes adicionais e fontes ao longo de cada capítulo. (Eu quero que meus leitores saibam que eu não estou assoprando bolhas de sabão nem construindo castelos de areia!) Os cristãos reflexivos que desejam verificar minhas declarações e alcançar uma compreensão mais profunda dos temas abordados devem ler as notas ao pé da página. Os que não se preocupam com tais coisas devem ignorá-las.
Finalmente, este livro complementa meu primeiro livro Repensando o odre: A prática do NT. Ambos os livros mostram os dois lados da mesma moeda. O Odre demonstra de uma forma cabal que aqueles que abandonaram o aprisco do cristianismo institucional têm o direito bíblico de existir. O livro que você tem em suas mãos mostra a outra face da moeda, eles têm também o direito histórico de existir.
Frank Viola, Brandon, Flórida, dezembro de 2002.

“Mas o Imperador está nu!” Disse um garotinho. “Falou a voz da inocência!” Exclamou o pai; e cochichou para outro o que a criança dissera. “Ele está nu!” Correu de boca em boca. “Ele está nu!” Bradou finalmente o povo. O Imperador ficou envergonhado porque sabia que estavam certos; mas refletiu: “O cortejo precisa prosseguir!” Aprumou ainda mais o corpo, e os camareiros, solenes, continuaram fingindo segurar o manto real que não existia." Hans Christian Anderson


Notas
[1] Nelson’s Illustrated Bible Dictionary (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1986), pp. 830-831. Veja também: Mateus 23:23-24. Os Fariseus obedeceram a Lei de Deus segundo sua própria interpretação, tal Lei era aplicada pelos Escribas. Os Escribas eram especialistas da Lei e viveram vidas piedosas e disciplinadas. Eles chegaram a ser os intérpretes oficiais da Palavra de Deus e eram dotados com o poder de criar a tradição. (Nelson’s Illustrated Bible Dictionary, pp. 957-958).[2] A “Lei de Moisés” refere-se aos primeiros cinco livros do Antigo Testamento, i. e. Gênesis a Deuteronômio. Também é chamada de “Tora” (a Lei) e “Pentateuco”, o qual é um termo grego que significa “cinco volumes”.[3] New Bible Dictionary: 2nd Edition (Wheaton: Inter-Varsity Fellowship, 1982), p. 1055.[4] Marcos 11:28.[5] Tais práticas estão atualmente sendo restauradas em pequena escala por almas atrevidas que tomaram o espantoso passo de deixar o refúgio do cristianismo institucional.[6] Este livro enfoca as práticas cristãs protestantes. Seu alcance principal é “a igreja hoje” do Protestantismo em vez da “alta igreja” como as denominações Anglicanas, Episcopais, e um tipo de Luteranos. O livro abrange as práticas da “alta Igreja” Católica apenas de passagem.[7] Como disse Bacon certa vez, “As obras de Agostinho e de Ambrósio geram tanta sabedoria divina quanto qualquer história eclesiástica bem lida e examinada”.

Leia outros trechos:
Uma língua enorme e com orelhinhas bem pequenas

domingo, 25 de outubro de 2015

Falta empatia ou a dificuldade em se colocar no lugar do outro, os sortudos e os azarados

Publicado originalmente em 15jan2014.

P.S.: "Empatia  
3. capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.
3.1. Rubrica: psicologia.
processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro
3.2. Rubrica: sociologia.
forma de cognição do eu social mediante três aptidões: para se ver do ponto de vista de outrem, para ver os outros do ponto de vista de outrem ou para ver os outros do ponto de vista deles mesmos." (Houaiss)

As leituras sobre misoginia, pedofilia, violência na saúdeviolência obstétrica e outras causas humanitárias me fizeram abrir os olhos para uma outra triste realidade nossa. Às vezes leio um texto de alguma história de violência, e quando vejo os comentários dos outros leitores, dá vontade de chorar mais ainda. E até já ouvi coisas parecidas de pessoas que conheceram a história que vivi recentemente com meu pai no hospital.

E os comentários são mais ou menos assim:
"Ainda bem que meu(s) parto(s) foi(ram) maravilhoso(s), deu tudo certo, fui muito bem atendida, não tenho do que reclamar."
"Ah, comigo não foi assim, ainda bem, meu parto foi tranquilo."
"Ah, eu tive sorte, não passei por isso."
E muitas vezes essas mulheres que fazem comentários assim passaram por violência obstétrica e nem sabem, porque não leram nada sobre o assunto.

E outros comentários parecidos:
"Ah, ele não tinha plano de saúde? O meu tinha, e foi muito bem atendido."
"Ainda bem que tive mais sorte, fomos muito bem atendidos no hospital."
E essas pessoas também não sabem o que significa violência na saúde, e também não ouviram tantas histórias tristes sobre hospitais particulares como ouvi, significando que não é por ser particular ou público que vai garantir um atendimento humanizado.

E quando leio comentários desse tipo fico me perguntado: Então nós que sofremos a violência somos os "azarados"? É isso que estão querendo dizer?

E a minha conclusão é que, sim, alguns tiveram mais "sorte", mas muitos são "azarados", e não sei o critério para o "sorteio", mas percebo que as pessoas têm uma enorme dificuldade em se colocar no lugar do outro, em sentir a dor outro. Não foi com elas, então os "azarados" que se lasquem, elas não se importam com isso. Até o dia em que derem o "azar" de encontrar um médico não humanizado, aí vão entender, porque infelizmente as pessoas só entendem o outro quando passam pela mesma dor.

Não preciso ser mãe, como não sou, para entender e sentir a dor das mulheres que todos os dias têm o seu parto roubado em hospitais públicos e particulares neste país. Não preciso ter passado pelo que elas passaram para sofrer junto com elas e tentar divulgar, alertar, compartilhar, para que outras mulheres não passem por isso.

Não preciso ter um marido misógino, como não tenho, para entender e sentir a dor das mulheres que sofrem caladas esse pesadelo em todas as classes sociais, em todos os grupos. Posso perfeitamente entender e sofrer com elas, e por isso faço minha parte, divulgando e alertando. O maior elogio que recebi do meu marido foi ele dizer que sou engajada.

P.S.: E você não precisa ter sido molestado quando criança, não precisa ter sido vítima de pedofilia, como eu fui, com primeiro assédio aos seis anos, e como trocentas crianças foram e são vítimas o tempo todo neste país campeão em pedofilia, e não precisa ter filhos ou sobrinhos vítimas de pedófilos para se colocar no lugar de quem foi. Você pode tentar imaginar e tentar sentir a dor de cada uma dessas crianças e tentar ter um pouco de empatia.

Enquanto isso os "sortudos" não estão nem aí para nada disso, não curtem uma postagem no Facebook, não compartilham, não ajudam a divulgar. Enquanto isso muitos religiosos "sortudos" que não estão nem aí para causas humanitárias, só divulgam seus congressos, festinhas, postam piadinhas etc (quase nunca vejo um religioso envolvido em causas humanitárias, o máximo que fazem é divulgar correntes de oração que eu considero inúteis).

Enfim, mesmo não precisando ser "azarada" em todas as situações, e sendo "azarada" em outras, prefiro continuar alertando, falando, falando, falando, um dia alguém vai ouvir e vou salvar mais um de ser um "azarado" neste país de egoístas.

E cuidado, o "sortudo" de hoje pode ser o "azarado" de amanhã.

Desmentindo mitos sobre parto


Primeiro assédio 5

#PrimeiroAssedio Peguem um lenço antes de ler.

Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Sábado, 24 de outubro de 2015

Primeiro assédio 4

Primeiro assédio 3

Primeiro assédio revelou aos desinformados: que #pedofilia é uma epidemia gravíssima; que 76% dos pedófilos do mundo est...

Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Quinta, 22 de outubro de 2015

Primeiro assédio 2


Primeiro assédio 1


"É claro que a gente vem batendo nessa tecla faz um tempo. Quando “novinha” foi o termo mais procurado em sites pornográ...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Quinta, 22 de outubro de 2015

O Renascimento do parto 2


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Receitas e dicas 67: E foi assim que minha cozinha entrou no banheiro

Publicado originalmente em 31ago2014.

O vinagre já virou amaciante de roupas e produto de limpeza do chão aqui em casa há cerca de um ano. E depois da alimentação natural, entrei na tribo dos cosméticos naturais, querendo consumir menos veneno possível também através da pele, e seguindo o conselho de não usar na pele ou cabelos aquilo que eu não comeria. Ainda estou no início do processo e tenho feito muitas experiências, mas foi assim que mel, canela e chá de camomila, limão e bicarbonato de sódio, vinagre, chá de alecrim, óleo de coco e azeite viraram ingredientes para clarear, lavar e condicionar os cabelos, e própolis, óleo de coco, bicarbonato de sódio e cúrcuma viraram cremes dentais. Meus cabelos não gostaram muito de vinagre, então tenho usado mais a técnica de co-wash com condicionador liberado para no poo (explicações nos links abaixo), ou seja, com quase nenhum veneno e sem silicone e petrolatos. E querem saber? Não estou sentindo a menor falta dos produtos industrializados. Amando ser livre dessas indústrias assassinas e amando dar tchauzinho para o sistema.

Para quem quiser saber mais sobre o assunto, dicas de alguns textos interessantes:

http://ivymaraey.com/2014/08/22/a-descoberta-dos-cosmeticos-naturais/

http://pat.feldman.com.br/2011/05/10/qual-a-pasta-de-dentes-que-voce-usa-em-casa/

http://www.receitasdebelezaverde.com.br/2013/09/16-maneiras-de-usar-oleo-de-coco.html

E tem estes grupos no Facebook para troca de figurinhas, receitas e dicas:
https://www.facebook.com/groups/no.low.iniciantes/
https://www.facebook.com/groups/533102850128928/

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Como eu amo a tua lei!

Oitavo e nono dias após Sucot (5,6out2015) - Shemini Atsêret, o Oitavo Dia de Assembleia, e Simchat Torá, A alegria da Torá - A cada semana é lido um trecho da Torá. Em Simchat Torá celebra-se o término do ciclo, e no shabat seguinte a leitura recomeça, pela parashat Bereshit.

"Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Eterno! Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam! Não praticam o mal e andam nos caminhos do Eterno. Tu mesmo ordenaste os teus preceitos para que sejam fielmente obedecidos. Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas. Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra. Sim, os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os meus conselheiros. Corro pelo caminho que os teus mandamentos apontam, pois me deste maior entendimento. Falarei dos teus testemunhos diante de reis, sem ficar envergonhado. Tenho prazer nos teus mandamentos; eu os amo. Para mim vale mais a lei que decretaste do que milhares de peças de prata e ouro. Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído. Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro. Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais que o mel para a minha boca! A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho. Os teus testemunhos são a minha herança permanente; são a alegria do meu coração. Dispus o meu coração para cumprir os teus decretos até o fim. Eu amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro puro. Os meus perseguidores aproximam-se com más intenções; mas estão distantes da tua lei. Tu, porém, Eterno, estás perto e todos os teus mandamentos são verdadeiros. Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar. Obedeço aos teus testemunhos; amo-os infinitamente! Anseio pela tua salvação, Pai Eterno, e a tua lei é o meu prazer." Salmo 119 (trechos)


Lulei soiroscha (Salmo 119.92)
Mordechai Ben David

Lulei soiroscha sha’ashuoi
Se não fosse tua Lei, meu prazer
Oz ovad’ti b’onyi
Já teria perecido, na minha angústia

Lulei soiroscha sha’ashuoi
Se não fosse tua Lei, meu prazer
Oz ovad’ti b’onyi
Já teria perecido, na minha angústia

Ra, ra, ra...
Oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi...
Oz ovad’ti, ovad’ti b’onyi

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sucot, Festa das Cabanas

15 a 21 Tishrei  (28set-4out2015) - Sucot, Festa das Cabanas

Sucot - Festa das Cabanas. Lembra os 40 anos de êxodo dos hebreus no deserto após saírem do Egito.

"Disse o Eterno a Moisés: ‘Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas festas, as festas fixas do Eterno, que vocês proclamarão como reuniões sagradas.... Este é um DECRETO PERPÉTUO para as suas gerações, onde quer que morarem":
Disse o Eterno a Moisés: ‘Diga ainda aos israelitas: No décimo quinto dia deste sétimo mês começa a festa das cabanas do Eterno, que dura sete dias. No primeiro dia haverá reunião sagrada; não realizem trabalho algum. Durante sete dias apresentem ao Eterno ofertas preparadas no fogo, e no oitavo dia façam outra reunião sagrada, e também apresentem ao Eterno uma oferta preparada no fogo. É reunião solene; não realizem trabalho algum. (Estas são as festas fixas do Eterno, que vocês proclamarão como reuniões sagradas para trazerem ao Eterno ofertas preparadas no fogo, holocaustos e ofertas de cereal, sacrifícios e ofertas derramadas exigidas para cada dia. Isso fora as do shabat do Eterno e fora as dádivas e os votos de vocês, e todas as ofertas voluntárias que vocês derem ao Eterno.) ‘Assim, começando no décimo quinto dia do sétimo mês, depois de terem colhido o que a terra produziu, celebrem a festa do Eterno durante sete dias; o primeiro dia e também o oitavo serão dias de descanso. No primeiro dia vocês apanharão os melhores frutos das árvores, folhagem de tamareira, galhos frondosos e salgueiros, e se alegrarão perante o Eterno, o Pai de vocês, durante sete dias. Celebrem essa festa do Eterno durante sete dias todos os anos. Este é um decreto perpétuo para as suas gerações; celebrem-na no sétimo mês. Morem em tendas durante sete dias; todos os israelitas de nascimento morarão em tendas, para que os descendentes de vocês saibam que eu fiz os israelitas morarem em tendas quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Eterno, o Pai de vocês’.
Assim anunciou Moisés aos israelitas as festas fixas do Eterno." Levítico 23 [trechos, grifos meus]

Chag Sucot sameach! Feliz Festa das Cabanas! 

Chag Sucot sameach! Feliz Festa das Cabanas!

"Descobriram que estava escrito na Lei, que o Eterno tinha ordenado por meio de Moisés, que os israelitas deviam morar em tendas durante a festa do sétimo mês.
Por isso anunciaram em todas as suas cidades e em Jerusalém: 'Saiam às montanhas e tragam ramos de oliveiras cultivadas, de oliveiras silvestres, de murtas, de tamareiras e de árvores frondosas, para fazerem tendas', conforme está escrito.
Então o povo saiu e trouxe os ramos, e eles mesmos construíram tendas nos seus terraços, nos seus pátios, nos pátios do templo do Eterno e na praça junto à porta das Águas e na que fica junto à porta de Efraim.
Todos os que tinham voltado do exílio construíram tendas e moraram nelas. Desde os dias de Josué, filho de Num, até aquele dia, os israelitas não tinham celebrado a festa dessa maneira. E a alegria deles foi muito grande.
Dia após dia, desde o primeiro até o último dia da festa, Esdras leu o Livro da Lei do Eterno. Eles celebraram a festa durante sete dias, e no oitavo dia, conforme o ritual, houve uma reunião solene."
Neemias8.14-18

Sucot!

Chag Sucot sameach! Feliz Festa das Cabanas!

Alimentação em hospitais e o fim do mundo


Sério, o mundo podia acabar logo, tá difícil isso aqui. #Idiocracia volume máximo.
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Segunda, 28 de setembro de 2015

A caverna, de novo


Quanto mais me afasto da caverna, mais consigo enxergar o quanto era enganada lá dentro. E é triste perceber que os que...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Segunda, 28 de setembro de 2015

Se não tem eclipse, tem ipê


Bom dia pra quem não viu eclipse, foi dormir com ventania, chuva, relâmpagos e trovões, e ficou sem energia elétrica das...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Segunda, 28 de setembro de 2015

Não teria nada a ver com religião, mas...


[NÃO TEM NADA A VER COM RELIGIÃO], mas fala sério, queria muito saber se existe um religioso consciente que dá frutas ou...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Domingo, 27 de setembro de 2015

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lembranças do Joaquim


O tempo vai passando e aos poucos a gente vai começando a recordar das coisas engraçadas. E estava aqui me lembrando do...
Posted by Débora Da Costa Vitório De Bonis on Terça, 18 de agosto de 2015

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto. Escrevi sobre isso no texto Eu creio. Aí a pessoa (várias pessoas fazem isso) vem no meu blog e escreve um comentário cheio de versículos soltos, cheio de tratados teológicos, de argumentos que ouço desde criança e que não explicam nada, puros sofismas e forçação de barra, e pior, cheio de citações de Paulo (???), provando que não leu meu livro todo, não entendeu meus argumentos lógicos. Já disse uma vez e vou repetir, teologia é teólogo fingindo que explica e povo fingindo que entende. Se não é lógico, se não está cla-ra-men-te escrito preto no branco, se qualquer leitor não pode entender sem oráculo, (sem Hermes ou hermenêutica) então, por favor, não invada meu blog para fazer proselitismo e tentar me convencer com argumentos teológicos. Eu saí do sistema religioso, não tenho religião, não sigo Paulo, nem sigo ninguém que tenha rasgado a Torah. Eu sigo a Torah, e nada além disso. Eu não invado o blog de ninguém, não fico tentando convencer, nem fico discordando dos textos de ninguém. Escrevo nos MEUS blogs para quem quiser ler. Se não concorda com o que escrevo é seu direito, mas não adianta ficar me mandando tratados teológicos chatos. Não faço isso com ninguém. E não, não vou mesmo publicar seu comentário, nem de ninguém que queira pegar carona no meu blog. Discorde no seu blog. Mas antes leia tudo para ter certeza de que entendeu e que não está repetindo a lavagem cerebral que ouve nos púlpitos.

sábado, 27 de junho de 2015

Está em Levítico também...

"Em seis dias realize os seus trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, dia de descanso e de reunião sagrada. Não realizem trabalho algum; onde quer que morarem, será sábado dedicado ao Eterno." LEVÍTICO23.3. "Respeite cada um de vocês a sua mãe e o seu pai, e guarde os meus sábados. Eu sou o Eterno, o Elohim de vocês." LEVÍTICO19.3. "Guardem os meus sábados e reverenciem o meu santuário. Eu sou o Eterno." LEVÍTICO26.2

"Eu sou o Eterno que os tirou da terra do Egito para ser o seu Elohim; por isso, sejam santos, porque eu sou santo. Essa é a regulamentação acerca dos animais, das aves, de todos os seres vivos que se movem na água e de todo animal que se move rente ao chão. Vocês farão separação entre o impuro e o puro, entre animais que podem e os que não podem ser comidos." LEVÍTICO11.45-47. "Portanto, façam separação entre animais puros e impuros e entre aves puras e impuras. Não se contaminem com animal, ou ave, ou com qualquer criatura que se move rente ao chão, os quais separei de vocês por serem eles impuros." LEVÍTICO20.25

"Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, com a mulher do seu próximo, tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados." LEVÍTICO20.10

"Não furtem. Não mintam. Não enganem uns aos outros." LEVÍTICO19.11

"Este é um DECRETO PERPÉTUO para as suas gerações, onde quer que morarem." LEVÍTICO (vários versículos, grifo meu). PERPÉTUO = 1. que dura sempre; eterno; 2. que não cessa nunca; contínuo; 3. que não se altera; inalterável; 4. que é vitalício. (Houaiss)

(Etc etc etc, LEVÍTICO, LEVÍTICO, LEVÍTICO)

Lei civil X lei religiosa ou crime X pecado

Publicado originalmente em 15jan2015.

Que as religiões vivem se atacando, cada uma querendo ser a verdadeira verdade, todo mundo sabe.

O grande problema é a religião querer impor suas leis aos que não são da sua religião. Pode ser pecado, ou haram, mas não é crime, e vice-versa. Mas as religiões vivem se metendo nas leis civis e nas leis das outras religiões.

Adultério pode ser pecado para algumas religiões, mas no Brasil não é mais crime. Então para os adeptos dessas religiões é lei não adulterar, mas para quem não segue essas crenças, o problema é pessoal. A pessoa é livre para fazer suas escolhas.

Desenhar um profeta pode ser pecado, pode ser haram, mas se o país em questão não tem essa lei, quem não é dessa religião não tem que obedecer.

Roubar é pecado e é crime. Então todos deveriam obedecer. E cada um deve responder de acordo com o tribunal, recebendo a respectiva pena de acordo com o sistema, como cidadão pode ser preso, como religioso pode ser excomungado.

Mentir é pecado e é crime. Idem.

Poligamia não é pecado para algumas religiões, mas na maioria dos países é crime. E agora?

E assim sucessivamente.

Há religiões que respeitam esse princípio e não têm bancada no Congresso, por exemplo, principalmente porque não fazem proselitismo, não querem converter o outro à força. Mas há outras que fazem questão de exigir que suas leis religiosas virem leis civis.

O pior de tudo é a hipocrisia das religiões que nem mesmo os seus seguidores obedecem às suas leis religiosas, mas querem exigir que a sociedade civil obedeça.

Se cada segmento se restringisse aos seus assuntos seria perfeito. O cidadão obedecendo às leis da sociedade civil, o religioso obedecendo às suas leis religiosas, e ninguém se metendo nas leis do outro. Ah, seria perfeito!

Quando eu era religiosa nunca gostei de proselitismo, mas como era praticamente uma imposição da religião e eu não tinha "dom" para isso, convivia com um belo sentimento de culpa. Hoje, depois que me libertei da prisão da religião, posso dizer que odeio proselitismo, odeio que venham pregar para mim, e não prego para ninguém, não invado o espaço de ninguém para divulgar minhas crenças. Escrevo no meu blog, nas minhas páginas das redes sociais, usando meu direito de liberdade de expressão, mas não invado o espaço de ninguém para discordar ou debater religião. Cada um segue o que quer. O que não gosto ou não concordo nos blogs e perfis dos outros apenas ignoro.

E por falar em converter o outro à força, falando das três maiores religiões, o judaísmo não faz proselitismo, não se mete nas leis do país, e em Israel há muito mais liberdade do que em outros países dito laicos, suas leis religiosas são apenas para os seus seguidores. O cristianismo faz proselitismo e já "converteu" muitos à força, principalmente judeus, já matou muitos que não quiserem se render a essa conversão e vive se metendo nas leis civis, querendo transformar pecado em crime. E o islamismo faz proselitismo, "converte" à força, mata quem não se "converte" e mata quem não segue suas leis religiosas em países em que essas leis não são consideradas crimes.

O resumo de tudo é que não se pode condenar ou matar porque o outro não respeitou a lei religiosa de um grupo religioso se essa lei não é crime no país. E se houve violação das leis civis, o caminho é mover um processo básico e deixar a Justiça cuidar do assunto. Mas nada, absolutamente NADA, justifica a maldade e a violência.

E se você não é Charlie, você é contra a liberdade de expressão e a favor da violência, não tem outra opção.


P.S.: Obs.: Sou ex-cristã, e o que vivo combatendo, no meu blog e nos meus perfis, é a falta de coerência do cristianismo, é não ter leis claras, é dizer que segue a Torah, mas abolir por conta própria alguns mandamentos, fazendo uma grande confusão na mente das pessoas, inclusive na dos seus seguidores, e ainda condenar e acusar de heresia quem quer obedecer a todos os mandamentos do código de leis que eles dizem seguir. Coerência seria assumir que não seguem a Torah e criar então suas próprias leis e tornar isso bem claro e transparente.

Decreto perpétuo

Publicado originalmente em 7out2011.

"Disse o Eterno a Moisés: ‘Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas festas, as festas fixas do Eterno, que vocês proclamarão como reuniões sagradas. [...]" "Este é um DECRETO PERPÉTUO para as suas gerações, onde quer que morarem." [...] "Em seis dias realize os seus trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, dia de descanso e de reunião sagrada. Não realizem trabalho algum; onde quer que morarem, será sábado dedicado ao Eterno." Levítico 23 - leia todo o capítulo (grifo meu)

‎"Diga aos israelitas que guardem os meus sábados. Isso será um sinal entre mim e vocês, geração após geração, a fim de que saibam que eu sou o Eterno, que os santifica. Isso será um SINAL PERPÉTUO entre mim e os israelitas, pois em seis dias o Eterno fez os céus e a terra, e no sétimo dia ele não trabalhou e descansou". Ex31.13,17 (grifo meu)

PERPÉTUO = 1. que dura sempre; eterno; 2. que não cessa nunca; contínuo; 3. que não se altera; inalterável; 4. que é vitalício. (Houaiss)

E se for verdade?

Publicado originalmente em 31dez2013.


E se? E se? O benefício da dúvida

Duas pessoas sinceras falaram comigo sobre teshuvah. Uma confessou que reconhece que estamos certos, mas não tem coragem de fazer a mesma coisa, porque acredita que não adianta obedecer a alguns mandamentos apenas, e como ela pensa que não vai conseguir obedecer a todos (os possíveis), então prefere não começar. A segunda pessoa me confessou que sabe que temos razão, já entendeu que todos devem obedecer à Torah, mas ela não segue por falta de vergonha na cara.

Admiro a sinceridade das duas pessoas, embora lamente que não decidam obedecer, pelo menos ao que é possível, porque impossível é diferente de não se esforçar e não querer, mas pelo menos são sinceras e não são como os outros que não querem nem ler, nem entender, não param para perguntar "E se for verdade?", e continuam afirmando que estamos errados, apesar de toda a lógica dos argumentos que eles se recusam a ler.

É uma pena que muitas pessoas combatem teshuvah, mas pelo seu discurso provam que não leram um texto sequer sobre o assunto, não pesquisaram, e continuam usando os sofismas do sistema, continuam repetindo os textos tipo interpretação forçada da lavagem cerebral dominical. Uma pena que não concedem o benefício da dúvida: E se for verdade?

Eles dizem seguir Jesus, mas não há um só texto de Jesus anulando a Torah. O mesmo Jesus que eles dizem seguir afirmou que "se me amam, obedeçam aos meus mandamentos", e todos os mandamentos, não alguns escolhidos a dedo.

Mas mesmo que cansemos de mostrar isso, preferem continuar acreditando nas mentiras dos líderes religiosos. Jesus não aboliu a guarda do sábado, nunca fez isso, é um decreto perpétuo, mas os religiosos continuam usando textos subjetivos para afirmar isso. E continuam ensinando que matar, além de crime é pecado, roubar também, adulterar não é crime, mas é pecado, mas a guarda do sábado, que está no mesmo contexto, no mesmo capítulo, dizem que Jesus aboliu quando questionou os religiosos hipócritas da época que usavam o mandamento para justificar não fazerem o bem. Não é um texto dizendo claramente que o sábado foi abolido ou que mudou para domingo, mas continuam repetindo o que ouviram sem questionar, sem investigar.

Jesus também não aboliu os mandamentos sobre alimentação. Mas continuam usando textos subjetivos para ensinar errado. Usam o texto sobre lavar as mãos para justificar que Jesus autorizou comer animais impuros, mas o contexto não tem nada sobre isso, o assunto não é esse. É um grande exemplo de interpretação forçada. E continuam usando outros textos de Levítico para condenar outras práticas, mas a regulamentação sobre alimentação está no mesmo livro. E pior ainda quando usam textos de Atos ou de Paulo, passando por cima de Jesus, que eles dizem amar e obedecer.

É como escrevi em outra postagem: imagine se o Eterno iria criar uma Lei com tantos detalhes, até sobre higiene, com tanta intensidade e minúcias, para depois alguém abolir a Lei sem dizer claramente que a Lei estava sendo abolida pelo próprio Eterno. Se o Pai foi tão criterioso para decretar a Lei, você acredita mesmo que ele iria revogá-la assim, de uma maneira tão sutil?

Eu penso que não mesmo. Acredito que a Lei só poderia ser revogada de uma forma bem clara, assim como foi escrita, acredito que veríamos um texto assim: "O Eterno escreveu com seu dedo: 'Decreto que a partir de hoje a Lei está abolida' ". 

É como disse uma amiga no Facebook: "O Messias foi prometido pelo Eterno, a Israel. Um judeu para um povo judeu. Como pode um messias vir para o próprio povo, pra ensinar o povo a descumprir as ordens que o Eterno deixou para esse povo, para que eles cumprissem por estatuto perpétuo? Das duas uma: Ou esse messias não ensinou o povo a transgredir a Torah [Pentateuco], logo, todos os que creem nele devem cumprir a Torah, ou esse messias é anátema. Você escolhe! Não há para onde fugir. Jamais algum messias profetizado a Israel descumpriria a Torah e levaria o povo a descumprir. Nem mesmo os enxertados. Afinal, o Eterno deixou bem claro que até mesmo os enxertados deveriam obedecer a Torah. Ou você faz parte do povo ou não".

Sim, eu guardo o sábado, sigo Levítico 11 (alimentação) e celebro as festas que o Eterno estabeleceu. Se estiver errada, não perco nada. Mas se estiver certa, quem me condena vai se dar mal. Então você deveria nos conceder o benefício da dúvida e perguntar: "E se for verdade? Vou perder alguma coisa se guardar esses mandamentos?" Não, não vai perder nada, só vai ganhar. Mesmo que não fosse verdade, o benefício da dúvida só vai nos fazer bem e na pior das hipóteses ganharemos qualidade de vida, porque atá a medicina confirma que o descanso semanal é totalmente necessário para o corpo e mente, e a alimentação saudável nem precisa de defesa.

Pense nisso, conceda o benefício da dúvida e investigue, pesquise, leia, e peça discernimento ao Eterno. Questione os textos, leia os contextos, não acredite em intérpretes ou intermediários, busque na fonte, na Torah, na Bíblia.

Às vezes eu penso que algumas pessoas não querem ler sobre esses assuntos porque têm medo de descobrir a verdade e assim terão que tomar uma decisão, sair da zona de conforto, e desconfio que bem lá no fundo do coração elas sabem que estamos certos, mas não querem questionar o sistema religioso. Essas pessoas que não leem gostam muito de debates, fazem perguntas, mas quando respondemos, começam a despejar os argumentos da lavagem cerebral e não ouvem nada que dizemos, continuam com suas fortalezas e sofismas.

Mas seria tão mais simples se parassem e fossem investigar. E se for verdade?

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Filosofia meme: Dia dos Namorados






Ilustrações retiradas da internet.

Cuidado: o romance está no ar

E já que vai se render ao consumismo, tenho uma dica para amenizar o impacto ambiental: não embrulhe seus presentes com papéis que vão para o lixo depois, mas coloque-os em ecobags e as pessoas ainda ganham uma linda bolsa para levar ao mercado ou à feira depois. E eu aqui com peninha das flores que são retiradas da natureza por causa de dias comerciais. Por que não dar a plantinha plantada em vaso? Por que cortar as flores da natureza. Por quê? Ô, dó!!!

Repetido todo ano, no "Dia dos Namorados". Publicado originalmente em 2009

Quando eu era pré-adolescente, presenciei algumas senhoras casadas conversando e falando sobre um cantor de músicas românticas. Elas suspiravam e diziam acreditar que esse cantor tratava sua esposa com o mesmo romantismo e carinho que cantava em suas músicas. E ao mesmo tempo essas mulheres reclamavam dos maridos, porque não eram românticos como as músicas falavam.

Desde então tenho percebido a ilusão que essas músicas românticas produzem nas pessoas, principalmente nas mulheres. Esposas infelizes, porque seus maridos não são como os homens cantados nas canções de amor. Na verdade essa é a síndrome do príncipe encantado, com quem elas passam o resto da vida sonhando, apesar de terem casado com um homem comum. Já vi casamentos destruídos por causa dessa ilusão.

As pessoas querem preencher um vazio dentro do coração com o marido ou com a esposa. E jogam em cima do outro todas as expectativas de preenchimento desse vazio. Um vazio que é espiritual, que nenhum homem ou mulher pode satisfazer. E por isso trocam de parceiros constantemente, porque ficam procurando um que tenha todos os requisitos para acabar com a carência do coração. E assim as pessoas se tornam eternas insatisfeitas e frustradas.

As pessoas fazem declarações de amor perigosas. Dizem que o(a) namorado(a) ou cônjuge é o(a) dono(a) do seu coração. Que é a razão de sua vida. Que não vive sem ele(a). Que pensa nele(a) 24 horas por dia. Mas infelizmente as pessoas suspiram pela pessoa errada, porque essas declarações deveriam ser ditas ao Eterno e não a um ser humano.

Estávamos em um evento para crianças em uma instituição religiosa, e quando o acabou, fomos para o salão principal, onde os adultos se reuniram. E chegamos bem na hora em que o líder homenageava um casal que estava completando 50 anos de casados. O líder pede então que o homem faça uma declaração de amor para a esposa e o marido começa a dizer as frases terríveis citadas acima. Depois o líder retoma a palavra e pergunta ao auditório: "Que mulher não gostaria de receber uma declaração igual?". Não consegui segurar e pensei alto: "Eu NÃO gostaria. Se meu marido falar isso para mim, mando ele se converter. A razão da vida dele deve ser o Eterno e não eu", pensei tão alto que algumas pessoas ao meu lado ouviram e me olharam atravessado. Acho que dessa vez sou quase a única maluca.

Esse amor que se dedica ao cônjuge, na verdade, deveria ser direcionada ao Eterno. Ele deveria ser o dono do nosso coração, da nossa mente. É nele que deveríamos pensar 24 horas por dia. É por ele que deveríamos suspirar.

Quando as pessoas obedecerem ao “amar o Eterno, o nosso Pai, de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças" (Deuteronômio 6.4,5), nunca mais se sentirão insatisfeitas e o vazio do coração vai ser preenchido. Precisamos ser menos passionais, deixando que o Eterno controle nossas emoções.

Eu amo e respeito o meu marido. Mas o dono do meu coração é o Eterno. O amor da minha vida é o Eterno. Eu posso viver sem qualquer pessoa ou coisa, mas eu não vivo sem o Eterno. O Eterno é a razão da minha vida. Eu não sou metade que se completa com outra metade. Sou uma pessoa completa e única no Eterno.

"Ouça, ó Israel: O Eterno, o nosso Pai, é o único Soberano. Ame o Eterno, o seu Pai, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças." Deuteronômio6.4,5
"Ó Eterno, tu és o meu Pai, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água." Salmo63.1

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A falta de lógica do cristianismo

Ou pregar uma coisa e cantar outra


A mensagem básica do cristianismo, ou melhor, da maior parte dos evangélicos, é "basta crer em Jesus, aceitá-lo como Salvador, levantar a mão, declarar isso na frente dos irmãos e pronto, está salvo e vai morar no céu quando morrer". Aliás, há pregadores que fazem terrorismo: "E se você morrer hoje? Melhor aceitar logo, vai que quando sair daqui um carro te atropela" (como odiava esse tipo de "apelo"), e a pessoa levanta a mão, vai lá na frente, recebe uma oração e pronto, passe de mágica, é declarada salva dos seus pecados e se for atropela quando sair do culto, tudo bem, vai morar no céu (embora a pessoa não confesse nenhum pecadinho, nem saiba o que é pecado, porque nunca explicam direito, porque nem sabem que pecado é não obedecer à Torah).

Aí a pessoa não morre atropelada e resolve frequentar essa igreja. E então os sermões de "doutrina" já mudam um pouco o discurso e a pessoa começa a ouvir que, mesmo crendo em Jesus e tendo levantado a mãe etc, "se ela morrer em pecado, não vai morar no céu, se ela não tiver tempo de se arrepender e pedir perdão, já era, vai queimar no fogo do inferno" (e como pecado leia-se beber álcool, fumar, frequentar baladas, ir a uma igreja de outra denominação, fazer sexo fora do casamento, não entregar o dízimo, não frequentar todos os cultos e eventos da igreja). Mas aí a pessoa começa a ter dúvida se foi realmente salva. E a dúvida permanece eternamente. E o medo e a culpa acompanham a pessoa diariamente.

E aí a pessoa aprende uma música na igreja que diz: "Quem fala mal do seu pastor não pode ir (pro céu)". E ela assiste a uma peça de teatro chamada Mãos vazias que conta histórias de pessoas que fizeram algo além de crer e foram para o céu, e uma que, mesmo crendo, foi pro inferno porque tinha orgulho, e outra também foi pro inferno porque as mãos estavam vazias. Uma teologia muito confusa a dessa peça.

Mas para confundir bastante, a pessoa aprende outra música que diz que a graça é que basta, que nada do que ela fizer ou deixar de fazer vai fazer com que Deus a ame mais ou a ame menos (ou seja, pode pecar à vontade, que Deus vai amar assim mesmo).

E por aí vai, poderia ser uma postagem tipo atualizável, para escrever outros exemplos conforme for me lembrando.

Eu sei que estou fora dessa teologia confusa. Escolho seguir a Torah e procuro obedecê-la. Prefiro a matemática da Torah, prefiro 2+2=4, obedece ou não obedece, bem simples. E o melhor é que na Torah não existe céu ou inferno para colocar medo em ninguém. Sabemos que se obedecermos seremos abençoados, se não obedecermos teremos consequências ruins, e mesmo assim sempre podemos contar com a graça do Eterno se nos arrependermos. Simples, lógico e que faz todo sentido.

Penso, logo questiono. Questiono, logo incomodo.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Shavuot chegando!

"O teu povo será o meu povo e o Eterno, teu Elohim, será o meu Elohim!" Rute1.16

6 de sivan (24maio2015)Shavuot - Dia da Entrega da Torah e das Primícias no Templo. A palavra significa "semanas", assinalando a compleição das sete semanas entre Pessach e Shavuot (o período do ômer), durante o qual o povo hebreu preparou-se para a Outorga da Torah.

"Disse o Eterno a Moisés: ‘Diga o seguinte aos israelitas: Estas são as minhas festas, as festas fixas do Eterno, que vocês proclamarão como reuniões sagradas:
Disse o Eterno a Moisés: ‘Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou e fizerem colheita, tragam ao sacerdote um feixe do primeiro cereal que colherem. O sacerdote moverá ritualmente o feixe perante o Eterno para que seja aceito em favor de vocês; ele o moverá no dia seguinte ao shabat. No dia em que moverem o feixe, vocês oferecerão em holocausto ao Eterno um cordeiro de um ano de idade e sem defeito. Apresentem também uma oferta de cereal de dois jarros da melhor farinha amassada com óleo, oferta ao Eterno preparada no fogo, de aroma agradável, e uma oferta derramada de um litro de vinho. Vocês não poderão comer pão algum, nem cereal tostado, nem cereal novo, até o dia em que trouxerem essa oferta ao Deus de vocês. Este é um decreto perpétuo para as suas gerações, onde quer que morarem. ‘A partir do dia seguinte ao shabat, o dia em que vocês trarão o feixe da oferta ritualmente movida, contem sete semanas completas. Contem cinquenta dias, até um dia depois do sétimo shabat, e então apresentem uma oferta de cereal novo ao Eterno. Onde quer que morarem, tragam de casa dois pães feitos com dois jarros da melhor farinha, cozidos com fermento, como oferta movida dos primeiros frutos ao Eterno. Junto com os pães apresentem sete cordeiros, cada um com um ano de idade e sem defeito, um novilho e dois carneiros. Eles serão um holocausto ao Eterno, juntamente com as suas ofertas de cereal e ofertas derramadas; é oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Eterno. Depois sacrifiquem um bode como oferta pelo pecado e dois cordeiros, cada um com um ano de idade, como oferta de comunhão. O sacerdote moverá os dois cordeiros perante o Eterno como gesto ritual de apresentação, juntamente com o pão dos primeiros frutos. São uma oferta sagrada ao Eterno e pertencem ao sacerdote. Naquele mesmo dia vocês proclamarão uma reunião sagrada e não realizarão trabalho algum. Este é um decreto perpétuo para as suas gerações, onde quer que vocês morarem. ‘Quando fizerem a colheita da sua terra, não colham até as extremidades da sua lavoura, nem ajuntem as espigas caídas da sua colheita. Deixem-nas para o necessitado e para o estrangeiro. Eu sou o Eterno, o Pai de vocês’.Levítico 23 (trechos)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Receitas e dicas 66: Bolinhas de cereais e cajuzinhos naturebas

Para aqueles momentos que pedem um docinho. Minhas bolinhas de cereais caseiras. Deliciosas e mais bonitinhas que barrinhas. Ideia ótima para docinho de festa. E meus cajuzinhos versão natureba! Ambos com mel e melado.

Bolinhas - triturei castanha-do-pará, castanhas de caju, amendoim, cacau nibs, passas e damasco seco (na primeira vez coloquei amêndoas, mas nestas não usei porque acabaram). Depois misturei com aveia fina, amaranto e quinoa em flocos, mel, melado, óleo de coco e coco ralado queimado. Fiz as bolinhas e fui ser feliz. Pode colocar linhaça, chia, gergelim, enfim, use a imaginação!

Cajuzinho - triturei amendoim torrado, um toque de castanhas de caju e passas, depois misturei mel, melado, óleo de coco e cacau em pó. Fiz as bolinhas e fui ser feliz de novo.

Bolinhas de cereais.

Cajuzinhos em forma de bolinhas também.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A duquesa e o parto normal


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Diretas sobre Torah

As profecias sobre o Messias dizem que ele fará com que Israel volte a seguir a Torah. Então, ou Jesus não aboliu a Torah como dizem (ou parte dela como convém, como guardar o sábado, não comer porcarias, celebrar as festas de Levítico etc), ou ele não é o Messias. Decida-se. E tem gente que despreza os judeus e vive dizendo que eles precisam de Jesus, mas como vão acreditar em um messias que cuspiu e pisou na Torah?
"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Eterno: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Elohim deles, e eles serão o meu povo." Jr31.33
"De uma lua nova a outra e de um sábado a outro, toda a humanidade virá e se inclinará diante de mim", diz o Senhor." Is66.23
"E muitos povos e nações poderosas virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém e suplicar o seu favor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: 'Naqueles dias, dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com vocês’ "Zc8.22,23
"Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar." Is11.9 
"Então, os sobreviventes de todas as nações que atacaram Jerusalém subirão ano após ano para adorar o rei, o Senhor dos Exércitos, para celebrar a festa das Cabanas." Zc14.16

Tem uma coisa que me irrita profundamente: gente que não cumpre a Torah, diz que uma parte foi abolida, e ainda critica quem quer cumprir, mas vive citando textos do Tanach (AT) nas redes sociais. Um texto que adoram citar é o de Josué 1.9, mas ignoram completamente Josué 1.7. Por favor, por coerência, rasga e joga fora. Pronto, falei!

"Meu filho, não se esqueça da minha Torah, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz. Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração. Então você terá o favor do Eterno e dos homens, e boa reputação." Pv3.1-4"Lembrem-se da Torá do meu servo Moisés, dos decretos, das ordenanças, dos estatutos e dos preceitos que lhe dei em Horebe para todo o povo de Israel." Ml4.4 TODOS os mandamentos possíveis na diáspora, lógico, porque não poder é bem diferente de não querer.

Não acredito em nada que contrarie a Torah, toda a Torah, para mim vale o que está escrito, preto no branco, sem intermediários, sem interpretação humana. Entre qualquer coisa ou pessoa e a Torah, fico com a Torah, sempre. Se você só acredita em metade é melhor #rasgarejogarfora.

"Todas estas bênçãos virão sobre vocês e os acompanharão, se vocês obedecerem ao Eterno, o seu Pai: Vocês serão abençoados... Entretanto, se vocês não obedecerem ao Eterno, o seu Pai, e não seguirem cuidadosamente todos [TODOS] os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas estas maldições cairão sobre vocês e os atingirão: Vocês serão amaldiçoados..." Dt28.2,3a,15

Odeio incoerência, então digo de novo: "Só para lembrar aos militantes de plantão, Levítico fica no que vocês chamam de Antigo Testamento, bem como a ordem para não comer porco, camarão, a ordem para guardar o sábado e outros tantos mandamentos que vocês resolveram ignorar. É incoerência usar só o que é conveniente. Se você não cumpre Levítico 11 ou Levítico 23.3, por que faz campanha para que Levítico 18.22 seja obedecido? São textos do mesmo livro, fazem parte da mesma Lei (Torah)".

Leia todas as diretas antigas.

Para recordar: Diretas 23

"Como mudamos o mundo?" "Com uma uma atitude real de carinho e amor de cada vez." (Do filme A volta do Todo Poderoso)

Uma explicação do porquê pessoas do mundo todo estão fazendo teshuvah (retorno à Torah), do "nada" são conduzidos à obediência aos mandamentos do Eterno: "Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Eterno: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Elohim deles, e eles serão o meu povo." Jr31.33

Não confio: Em líder religioso que aponta os erros do sistema, vira o queridinho dos jovens pelo seu discurso estilo chicote, mas não sai do sistema nem vira a mesa fazendo algo realmente diferente. E nem em líder religioso que sai do sistema, mas continua com ranço e título de líder religioso do sistema e com a mente fechada para mudar de opinião como era no sistema.

"Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las." (Pitágoras). E é triste pensar que não há justificativa para tanta maldade, não há nada que justifique isso.

Já que vai se render ao consumismo, tenho uma dica para amenizar o impacto ambiental: não embrulhe seus presentes com papéis que vão para o lixo depois, mas coloque-os em ecobags e as pessoas ainda ganham uma linda bolsa para levar ao mercado ou à feira depois. Eu não embrulho presentes há um bom tempo e as pessoas sempre fazem festa com as ecobags que dou junto com os presentes.

A reação dos seguidores e dos que se acham poderosos é praticamente a mesma em todos os sistemas, seja quando falamos de teshuvah, de alimentação saudável ou contra a violência obstétrica (e contra a violência em todo o sistema de saúde). Os seguidores dos sistemas não querem ler, estudar, e preferem acreditar em tudo o que se divulga por aí, sem verificar se a fonte é duvidosa ou confiável, não sabem ler as entrelinhas, acreditam em tudo o que os "poderosos" dizem e morrem de medo das ameaças e maldições. E os que se acham poderosos não reconhecem ou não querem reconhecer que estão errados para não perder a confortável posição de "poder", e ao invés de virarem a mesa a seu favor, pedindo perdão e passando a falar a verdade, preferem atacar os ativistas com mentiras e ameaças, e usam "adjetivos" como hereges, radicais, fanáticos, índias, malucos etc etc. A indústria de "alimentos" é a única que disfarça, mudando fórmulas e rótulos, fingindo que agora os "alimentos" ficaram mais saudáveis. Mas os outros sistemas, religioso e da saúde, continuam mentindo descaradamente dizendo que não fazem o que fazem e continuam atacando os que falam a verdade sobre eles, mas os "clientes" estão vendo que fazem e estão denunciando o tempo todo. E nós continuaremos alertando e falando, mesmo que poucos estejam ouvindo, apenas uma mente que se abre já vale o esforço.

"Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população." Martha Medeiros, nov2000

E por falar em argumento de cérebro lavado, em quase todas as vezes em que nos encontramos a pessoa começa a falar que gosta de aprender com a gente, que gosta de conversar sobre nossas novas convicções, e aí começa a repetir todos os argumentos das últimas conversas, mostrando que não assimilou nada. E eu fico apelando para a razão, para a lógica, e fico repetindo as mesmas perguntas de sempre: "Se o presidente assina uma lei, quem pode revogar? Eu?", a pessoa responde que não, só o presidente poderia. Então, eu pergunto, quem poderia revogar a Torah? Aí a pessoa repete de novo: "Mas e quando Jesus permitiu que seus discípulos colhessem espigas de milho no sábado, ele não estava abolindo o sábado?" (Muita calma nessa hora!) Aí eu pergunto: "Cadê o decreto assinado abolindo o mandamento? Não está aí nesse episódio, não houve isso, foi apenas uma situação, uma circunstância. E a Torah não pode ser abolida por um episódio com tantas possibilidades de interpretações. A Torah é clara e simples, preto no branco, não precisa de interpretação para saber que 'guardar o sábado' é guardar o sábado, nada além disso". Aí a pessoa responde de novo a mesma coisa das outras vezes: "Mas na Bíblia não caberia tanta coisa, por isso não tem tudo explicadinho, não teria espaço para escrever tudo". (Por favor, alguém me ajude! Alguém faz uma cirurgia no cérebro da pessoa e retira essa mentira que contaram para ela!). A parte "o culto é racional" já foi para a gaveta há trocentos anos. Aliás, o culto já deixou de ser racional literalmente há muito tempo.

Ser imparcial e estar à margem dos sistemas me faz perceber as aberrações dos argumentos dos "torcedores" das religiões e da política. São tantos argumentos completamente sem lógica que um pequeno, bem pequeno, exercício de raciocínio e senso crítico deveria fazer o povo pensar duas vezes antes de repetir as propagandas e notícias (normalmente de fonte duvidosa ou distorcidas e fora de contexto) sobre candidatos políticos. Fico pasma com pessoas com diploma repetindo argumentos tão tendenciosos, tão sem lógica, tão absurdos, tão passionais, em favor dos candidatos. Por um mundo com um pouco mais de "penso, logo questiono", um pouco mais de "não grite, melhore seus argumentos", e um pouco mais de "menos paixão, mais razão". Um pouco de lógica no mundo seria pedir muito? Pense, povo, pense.

Eu sei que isso não é só no Brasil, mas queria um mundo em que a política não fosse pautada por questões filosóficas ou religiosas e que os políticos simplesmente cuidassem do bem do povo. Cansativo isso ficarem discutindo sexo dos anjos e as coisas realmente importantes ficam de lado. Por que não fazem um plebiscito sobre casamento homoafetivo etc etc e deixam a sociedade decidir essas questões e param de encher nossa paciência com esses assuntos???? Odeio essa coisa de bancada disso, bancada daquilo, e saber que cada bancada vai defender seus interesses filosóficos ou religiosos, mas não deveriam estar ali para isso. Maldita DEMOcracia em que o povo não decide nada, e ficam esses políticos medíocres gastando tempo votando nessas coisas que nem deveriam fazer parte das leis de um Estado laico(???). Eu só posso continuar acreditando que isso tudo é de propósito. Enquanto isso vão sonhando com meu voto nesse teatro e circo, vão sonhando...

Enquanto isso, na Terra de Marlboro, o povo lamenta e ainda acredita em um "Salvador da Pátria"!!!!! É muita fé! Ou muita ingenuidade?! E como nas religiões, cada um acha que o seu messias é o verdadeiro. Embora esteja mais pra torcida de futebol, tipo paixão cega pelo seu time, que às vezes é escolhido porque gosta das cores da camisa.

Leia todas as diretas antigas.