Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Aqui se faz, aqui se paga

O avô da minha amiga sempre dizia que ela não deveria ter pena quando visse alguém sofrendo, porque ela não sabia o que essa pessoa já poderia ter feito de maldade na vida.

Infelizmente as pessoas não reconhecem que seus problemas podem ser consequências de seus erros e pecados, e assim não conseguem aprender a lição, nem se livrar dos problemas. Mas tanto a Bíblia como os ditos populares dizem que pecado traz maldição-castigo-consequência, que colhemos o que plantamos, que aqui se faz, aqui se paga, e que a vida manda a conta com juros e correção monetária. O problema é conseguirmos enxergar isso na nossa vida.

Às vezes o castigo é tão óbvio, é tão olho por olho, que é triste a pessoa não reconhecer, porque poderia ter ficado livre do castigo há tempos.

Por exemplo, um pai que não paga pensão para os filhos, os filhos passam necessidade, sofrem privações e ainda ficam decepcionadas com esse pai, e aí a vida desse pai é um constante desemprego, não consegue parar em emprego algum, não consegue se estabilizar, nem subir na vida, é um "azarado", apesar de gostar de trabalhar e ser inteligente. O que é isso senão um grande olho por olho? É tão visível, porque o castigo é na mesma área em que o pecado – e crime – foi cometido.

E uma pessoa que maltrata cruelmente uma criança e depois uma outra criança que ela ama muito passa por problemas graves. O que é isso senão também um enorme olho por olho, dente por dente. O castigo de novo é na mesma área do erro.

E a pessoa que mente e faz fofoca sobre outra pessoa, e depois passa pela situação idêntica a da sua fofoca, ou é alvo da mesma mentira e fofoca. O que é isso? Olho por olho, dente por dente.

Mas sim, há coisa não tão óbvias, até por causa da nossa ignorância nesse assunto de pecado-consequência. Enfermidade é um desses castigos não tão óbvios, quer dizer, mais ou menos, porque se cada um reconhecesse de verdade os seus erros, seria bem mais fácil identificar o motivo do castigo.

O grande problema é que o sistema religioso deixou de ensinar que enfermidade é castigo, indo totalmente contra ao que a Torah ensina, a aí as pessoas ficam orando para serem curadas, fazem correntes e mais correntes de oração, quando a solução seria um simples reconhecimento do erro, arrependimento, pedir perdão e esperar que a enfermidade fosse embora. E outro grande problema do sistema religioso é ficar dizendo que o prêmio e castigo só acontecerão no Juízo Final, aí as pessoas ficam acreditando nisso e não percebem que já estão pagando pelos seus pecados aqui mesmo, agora.

Exatamente como acontecia na Bíblia, quando a pessoa ficava doente, ia ao sacerdote, confessava o pecado e fazia sacrifício por isso e depois era curada, e no caso de doenças de pele ficava isolada por sete dias, até a enfermidade sarar e ela poder voltar ao convívio da sociedade. Mas a pessoa sabia porque estava doente. E há outros exemplos na Bíblia em que a pessoa consulta um profeta para saber porque está doente. Ou seja, saber o porquê é fundamental para a cura, tratar a causa e não o efeito.

Por exemplo, desconhecemos que doenças de pele (que traduziram como lepra, mas há várias outras doenças) podem estar ligadas a pecados de fofoca, de mentira, de falso testemunho, pecados da língua. Desconhecemos que doenças no aparelho digestivo, ou digestório, podem ser consequências de não obedecermos as leis de alimentação da Torah. Então, era só fazermos um pequeno exercício de autoconhecimento que poderíamos começar a entender os motivos dos problemas, tragédias e enfermidades na nossa vida.

O difícil é pararmos para reconhecer isso, que ainda somos, sim, castigados por nossos pecados. E mais difícil ainda é reconhecer que mesmo pedindo perdão, mesmo nos arrependendo, dependendo da gravidade do pecado, a consequência do pecado pode não ser retirada.

Mas tudo passa pelo reconhecimento de nossa desobediência. E mesmo que continuemos dizendo que não há mais castigo se pecarmos, que uma coisa não está ligada a outra, nada disso vai fazer com que as consequências evaporem. E o resultado é que as pessoas vão continuar doentes, com problemas, passando por tragédias, e muitas vezes sem necessidade, e que já podiam estar livres de tudo isso há muito tempo, mas não reconhecem que é castigo pelo pecado, aí não tem jeito.

Fico pensando em quantas pessoas morreram por causa disso, por não terem feito uma profunda avaliação de sua vida e não terem reconhecido seus pecados, e a enfermidade não foi curada, apesar de todas as correntes de oração. Quanta dor poderia ter sido evitada com um simples arrependimento.

A verdade é que mesmo não acreditando nisso, não tem jeito, aqui se faz, aqui se paga.

Ilustração da internet.

P.S.: Peço perdão, pois eu pequei. Mas uma pessoa que mentiu muito sobre mim, fez fofoca com meu nome, envenenou várias pessoas contra mim, e não se arrepende, não reconhece, apesar de eu ter confrontando diretamente, e agora fico sabendo que está sendo vítima do seu próprio veneno, sendo alvo de fofocas e calúnias, ah, não tem preço. Perdão, eu pequei, dei um sorriso de vitória e falei: bem feito. Aqui se faz, aqui se paga, mesmo que a pessoa não reconheça isso.

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