Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Shabat shalom!

Shema Yisrael, YHWH Eloheinu YHWH Echad!
"Ouça, Israel, YHWH é nosso Pai, YHWH é único!" Deuteronômio6.4  

Foto: De Bonis

Horário do pôr-do-sol no Rio de Janeiro:
Sexta-feira, 17h29 - Sábado, 17h28 (Climatempo)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Pizza de matzah

Up. Publicado originalmente em Pessach de 2009.

No ano passado, no período de pães sem fermento, meu pizzaiolo particular inventou esta novidade: pizzas de matzah. Deliciosas! Em três sabores: gorgonzola, azeitonas e banana com canela. Vamos repetir nesta semana.


Foto: De Bonis

Opção para o período de pães sem fermento

Segue uma receita de pão-de-ló para o período de pães sem fermento. Eu fiz e ficou muito bom.

Pão-de-ló

Ingredientes
8 ovos, separados
1 1/2 xícara de açúcar
suco de um limão
1 xícara de fécula de batata

Preparo
Bata as claras até endurecer. Em outra tigela, bata as gemas, adicionando açúcar aos poucos e continue a bater até ficarem leves e espumantes. Adicione o suco de limão e bata. Adicione suavemente a fécula na mistura de gemas até se misturarem por completo. Junte as claras em neve. Despeje em forma redonda untada e asse em forno pré-aquecido (180ºC) por 45 minutos.

Fonte: http://www.chabad.org.br/receitas/home.htm

Receitas e dicas 37: Cenoura caramelada

Boa dica para Pessach.

É uma receita judaica e eles servem acompanhando prato salgado, mas aqui a gente preferiu como sobremesa. A receita original diz para fazer pedaços finos, mas a gente gostou mais da cenoura maiorzinha, porque fica crocante por fora e macia por dentro.




Cenoura caramelada da Zelande

Ingredientes
1 kg cenoura cortadas em rodelas de 1 cm
1/2 kg açúcar
1/2 copo vinagre branco

Modo de preparar
Coloque todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo baixo e deixe cozinhando. Depois de uma hora, destampe a panela e deixe cozinhar até a calda ficar em ponto de caramelo (eu deixo uns dez minutos depois que começar a fazer espuma). Desligue o fogo e sirva quente acompanhando pratos quentes, ou gelada, como sobremesa (que é como fazemos aqui).


Foto: De Bonis

Receitas e dicas 36: Bolo de Damasco e Nozes

Up.
P.S.: É uma boa dica para Pessach e semana dos pães sem fermento. Basta não colocar o fermento e substituir a farinha de rosca por farinha de matzah (use apenas meia xícara). Fica muito bom.


Bolo de Damasco e Nozes


Ingredientes
1 xícara de açúcar
6 ovos
1 xícara de farinha de rosca fina
100g de damascos picados
100g de nozes moídas no liquidificador, para virar farinha (se quiser separe uma ou duas nozes para colocar pedaços pequenos no meio da massa)
50g de uvas passas
2 maçãs descascadas e picadas
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
1 colher (sobremesa) de canela em pó

Modo de Fazer
Bata o açúcar com os ovos até dobrar o volume.
Acrescente a farinha e a canela e bata um pouco.
Desligue a batedeira, acrescente os ingredientes restantes e misture com a espátula.
Coloque a massa em uma fôrma untada, se quiser forre a fôrma com papel-manteiga.
Asse no forno pré-aquecido, em 180º, por aproximadamente 30 minutos.
Desenforme morno.
Se quiser, cubra com chantilly e decore com damascos e nozes.

A receita é adaptação nossa – marido e eu. Testada e aprovada.

sábado, 16 de abril de 2011

Dica de leitura: Aprendendo a dar valor - Pessach

"Este é um ensinamento que devemos levar para nossas vidas, não apenas durante Pessach, mas durante o ano todo. Devemos sentir que não merecemos nada, e tudo o que os outros fazem por nós é uma grande bondade."

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Saiba o que, como e porque minha vida mudou

Existe uma linha divisória na minha vida, que é antes da libertação e depois da libertação. E existe uma linha divisória no meu blog, que é antes da desconstrução e depois da desconstrução.

Uma das mudanças mais nítidas no blog é a questão dos nomes Eterno e Messias, que passei a usar no lugar dos nomes que os religiosos usam para identificar o Pai e o Filho. Entendi que são nomes de possível origem pagã, e na dúvida prefiro não usá-los. E como não sei os nomes verdadeiros ainda, prefiro usar Eterno e Messias. Por isso no blog há posts antigos que ainda estão com os nomes pagãos, que por falta de tempo não pude mudar todos. Mas percebe-se claramente uma mudança de direção nos posts mais novos.

Algumas pessoas podem se perguntar o que houve, porque mudei alguns posicionamentos. Para quem ainda não leu e quer saber mais sobre o que o Eterno tem feito na minha vida, selecionei vários posts que explicam este meu novo momento de vida. Assim todos podem entender como foi que cheguei até aqui e o que mudou na minha forma de pensar e viver.

Explicando novo momento de crise

'E levantarem todo tipo de calúnia...'

"Eu não tenho necessidade de defender-me"


A verdade sobre filhos e adoção de crianças

Você não me conhece

Ufa, é tanta fofoca e mentira...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Luto por Realengo e a mídia e os bandidos

Sempre que vejo fotos e entrevistas de bandidos em jornais e telejornais lembro deste texto que estava em um livro da escola quando eu estava na terceira série. Muito antigamente, eu sei, mas nunca esqueci este texto, apesar de nunca mais ter lido. E hoje encontrei na internet e pude ler novamente.
Outra cena que me vem à mente quando vejo bandidos com seus mais de 15 minutos de fama é a cena do filme Cidade de Deus em que o bandido sonha em ver sua foto no jornal.
Hoje não quero mais ver os jornais. E os telejornais estou apenas ouvindo. Porque não quero ficar olhando para o rosto do atirador que fez aquela maldade com os adolescentes em Realengo.
Por favor, colegas, parem de dar voz e fama aos bandidos.

"Paulinho vai à escola à tarde, de Cadillac. Jorginho vende amendoim na boca da noite.
Oito anos, Paulinho. Nove anos, Jorginho. Reconhecendo a superioridade incrível do
negro, no bate-bola, reclamando sua colaboração, garantidora de tentos, Paulinho se
vinga depois. (...)
– Tua casa tem tapete no chão?
Resposta negativa de Jorge.
– A minha tem. Até no quarto da empregada.
E continua.
– Tem lustre de cristal?
Jorginho pergunta o que é. Paulinho explica. Jorginho não tem. Luz no seu barraco vem
dos fifós. Um vidro de sal de fruta, o outro de Phymatosan.
– Teu pai tem sítio em Petrópolis?
– Não – responde sério Jorginho.
– O meu tem... Teu pai tem usina em Campos?
– Não.
– O meu tem. Quantos apartamentos teu pai tem?
– Nenhum.
– O meu tem dez. Só em Copacabana. O resto é na Tijuca.
Jorginho baixa os olhos, acaricia o monte de areia que está juntando.
– Teu pai tem televisão?
Nos olhos de Jorginho passa uma nuvem de tristeza. Nem responde.
– O meu tem – informa Paulinho.
Apanha a bola molhada, procura limpá-la dos grãozinhos de areia, pergunta de novo:
– Teu pai é deputado?
Jorginho não sabe o que seja aquilo, mas diz que não, pelas dúvidas. Deve ser coisa
importante.
– Teu pai tem automóvel?
Jorginho sorri tristemente, negando.
– O meu tem – diz novamente em triunfo o garoto bem-nascido. - O meu tem. Um JK 61
que eu vou na escola, um 62 que ele vai pra cidade, o Oldsmobile da mamãe, a camioneta
do sítio, pra gente ir pra Petrópolis.
Jorginho está completamente esmagado. Paulinho sorri, orgulhoso. E agora ele nem
pergunta mais, apenas informa.
– O meu pai tem quarenta ternos de roupa, o teu não tem..
Jorginho sente-se o menor dos moleques do morro.
– O meu pai tem três casas de campo, o teu não tem!
Jorginho sente-se o menor dos moleques do Rio.
– O meu pai tem dez cavalos de corrida, aposto que o teu não tem!
Jorginho sente-se o menor dos moleques do Brasil.
– O meu pai tem mais de cem milhões de cruzeiros, garanto que o teu não tem!
Jorginho sente-se o menor dos moleques do mundo.
– O meu pai é amigo do governador, o teu não é, pronto!
Jorginho sente-se o menor de todos os mortais.
Mas Paulinho ainda não está satisfeito.
– O meu pai tem retrato no jornal, o teu não tem, taí!
É quando Jorginho pula vitorioso. Dessa vez tem resposta. Retira do bolsinho do calção
rasgado um pedaço amarfanhado de jornal. Exibe-o, peito cheio, orgulhoso no olhar.
– Isso não! O meu também tem.
E em tom de desafio, irretorquível:
– Tu pensa que é só teu pai que é ladrão?"
LESSA, Orígenes, “O. Mal-entendido”. In Madrugada. São Paulo: Moderna, 1989. p. 13-1