Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Gostaria de ter escrito: "Eu não tenho necessidade de defender-me"

Rebecca Brown

Eu não queria escrever este livro! Eu não queria publicar este livro! Na verdade, pouco tempo atrás eu havia pedido intensamente ao Senhor que me liberasse de dar palestras.

Eu pensava que tinha razões muito boas para isso. Isto é, até o Senhor me mostrar a verdade.

Nos últimos anos o antagonismo contra mim na comunidade cristã cresceu muito. Sou odiada por muitas pessoas. Por toda a parte são impressos jornais e periódicos com a pretensão de "expor a verdade a meu respeito". Mentiras e falsas acusações estão sendo disseminadas – especialmente através de livrarias cristãs, por cartas e através de comentários entre os cristãos. Ninguém dentre os que imprimiram um boletim ou jornalzinho de igreja entrou em contato comigo para procurar saber se havia um outro lado da história! Raramente algum cristão se dá ao trabalho de falar comigo para saber se o que está sendo dito é verdade. Poucos param para pensar que Satanás, freqüentemente, destrói pessoas colocando-as na mira e levantando toda sorte de acusações contra elas. Foi isso o que aconteceu comigo. Na verdade, tenho descoberto que muitos cristãos amam a maledicência acima de qualquer coisa. Eles a justificam dizendo – com suas mentiras – que estão "expondo a verdade".

Mas realmente a gota d'água para tudo isso foi alguns contatos que meu marido e eu tivemos, há pouco tempo, com algumas pessoas em posições muito altas no reino de Satanás. Elas disseram: "Na verdade, nós não temos mais que despender muito tempo e esforço procurando destruir os cristãos. Eles estão tão ocupados golpeando uns aos outros pelas costas e destruindo-se mutuamente que nós não temos mais que nos preocupar com eles. Nós ouvimos o que vocês dizem, mas não podemos ver nenhuma vantagem em optar por servir ao seu Deus. Os servos do seu Deus não são diferentes de nós. De fato, a maior parte deles é pior do que nós. Ao menos nós temos algum código de honra. Eles não têm nenhum, até onde podemos ver. Seu Deus é um Deus fraco; só pode ser, para tolerar o que está acontecendo em seu próprio reino."

Fiquei de coração partido! Tenho, durante tanto tempo, sentido muito peso pela salvação dessas pessoas. Minhas lágrimas escorriam, mas o meu horror aumentou quando tentei compartilhar a minha tristeza com um outro cristão, de um ministério conhecido.

— Você não pode deixar que isso a perturbe, – disse ele – você não pode dar ouvidos ao que eles dizem. Afinal, são apenas satanistas. Eles mentem.

Passei diversos dias em lágrimas e em oração. De que adiantava? Muitos cristãos nem mesmo se importam se suas vidas estão levando outros para longe de Cristo, e não parecem querer escutar ou saber o que está acontecendo de fato no mundo. Verdadeiramente, este versículo tem se cumprido em minha própria vida:

"E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós." (Lucas 21:16)

"Oh, Senhor", implorei. "Deixa-me sacudir de meus pés a poeira das igrejas cristãs organizadas, e ir por estradas e atalhos aos pagãos, que nunca ouviram falar de ti. É nesses lugares que o meu coração anseia estar."

Silêncio.

Finalmente, um dia, há cerca de um mês, enquanto eu, com o Senhor, observava o sol nascer, ele falou comigo muito claramente:

"Filha, eu sou Deus".

"Sim, Pai, eu sei que tu és Deus", respondi.

As seguintes e poucas palavras foram repetidas:

"Filha, eu sou Deus".

Sentei-me, pensativa, por um instante.

"Bem, Senhor, deve haver algo que eu não estou percebendo. O que é que não estou percebendo sobre o fato de que tu és Deus?"

Pensamentos vindos do Espírito Santo inundaram a minha mente, ao mesmo tempo convencendo-me e dando-me uma abençoada esperança. Os pensamentos eram mais ou menos assim:

"Você tem me pedido para liberá-la de falar ao meu povo, deixando de adverti-los de que precisam colocar o pecado fora da vida deles, para que estejam preparados para permanecer firmes diante da perseguição que virá. Eu não a liberarei disso, pois eu sou um Deus santo. Eu disse em minha palavra:

"Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (l Pedro 4.17)

O fim dos tempos está próximo. Este mundo cairá. Mas, como o julgamento começa em minha casa, o meu povo será perseguido antes que os descrentes sofram. Por isso você, e outros, precisam ir avisar o meu povo primeiro."

Enquanto eu permanecia sentada pensando nisto seriamente, o Senhor voltou a falar comigo.

"Não despreze o meu povo. Você está caindo nessa armadilha. Diga-me, se eu tivesse agido em juízo contra você por suas maledicências e por falar pelas costas, quinze anos atrás, onde você estaria hoje?"

"Eu estaria numa posição terrível", foi a minha resposta imediata.

"Não se esqueça, eu não sou apenas um Deus de santidade e de justiça, mas também um Deus de misericórdia. É por misericórdia que eu demoro em agir, esperando que o meu povo se arrependa do mal que está fazendo. Satanás não tem nenhuma misericórdia. De fato, Satanás tem sempre interpretado misericórdia como fraqueza. Seu povo segue um certo código de honra porque não há misericórdia no reino de Satanás. Se desobedecem aquele código, são mortos. E simples assim. Portanto, os servos de Satanás pensam que misericórdia é um sinal de fraqueza. Mas eu lhe digo que demonstrei o meu poder como nunca quando permiti que o meu filho, Jesus, fosse torturado e morto numa cruz cruel! Minha misericórdia pagou o preço pêlos pecados de vocês."

"Lembre-se sempre", continuou, "eu amo o meu povo! Mesmo que eles sejam orgulhosos, pecadores e até destruam meus servos, eu ainda os amo e aguardo, em misericórdia, que se arrependam de suas práticas erradas. Um dia eles me prestarão contas do que fizeram. O sangue de muitos deles será requerido no trono do julgamento de Cristo, mas não despreze o meu povo, porque eu os amo." (Ver 1Coríntios 3.13-15, Romanos 14.10.)

Eu me arrependi da ira que estava sentindo em relação a muitos por causa do terrível testemunho que estavam dando ao mundo. Mas o meu coração ainda estava pesado.

"O que posso dizer àqueles que têm tropeçado por causa dos pecados dos cristãos, Senhor? Como posso efetivamente trazê-los a Jesus?", perguntei.

Uma vez mais a minha mente e o meu coração foram inundados por aquela declaração simples, porém sublime:

"Filha, eu sou Deus. E sua responsabilidade compartilhar as boas novas com essas pessoas, falar-lhes a respeito de Jesus Cristo. A minha responsabilidade é dar-lhes provas de mim mesmo. Você não pode me provar para ninguém. Somente eu posso fazer isso. Conte as boas novas, c depois ore, e desafie-os a orar e a pedir-me que eu me faça real para eles. O resto é comigo."
Louvado seja o Senhor! Que grande verdade! Nós, seres humanos, não podemos provar Deus para ninguém. O próprio Deus deve fazê-lo, e o fará. Nós somos responsáveis por pregar o evangelho a todos os homens. Deus fará o resto. Aleluia! Que Deus maravilhoso é este a quem servimos!

Eu não tenho necessidade de defender-me. O Senhor é o meu defensor. Por que deveria eu correr de um lado para outro tentando defender-me, quando não fiz nada de errado? Aqueles que quiserem falar maledicências, falarão. A minha oração é que os cristãos, em toda parte, ouçam com atenção a advertência que o Senhor fez a mim e a outros quanto ao seu serviço. Uma perseguição está aproximando-se rapidamente de nós. Eu oro para que você, que é filho dele, esteja preparado para permanecer firme, trazendo glória a este nosso maravilhoso Deus. Fique firme no poder de Jesus Cristo, Deus todo-poderoso, trazendo glória a Deus Pai para todo o sempre. Amém.

(Extraído do livro Vaso para honra)

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